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Importações de carne ovina aumentam em novembro

postado em 18/12/2006

7 comentários
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As importações brasileiras de carne ovina aumentaram consideravelmente em novembro, segundo dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O volume importado neste último mês foi de 1.431 toneladas, 45% maior do que em outubro e 180% maior do que novembro do ano passado (gráfico 1). Analisando-se o valor das importações, novembro registrou aumento de 64% em relação a outubro e 143% em relação a novembro de 2005. Esse aumento vem acompanhando a tendência que se iniciou em setembro, devido à maior demanda decorrente das festas de final de ano.

Gráfico 1 Volume de carne ovina importada nos meses de outubro e novembro de 2005 e 2006


Fonte: Dados do MDIC, elaboração FarmPoint

Os preços médios para todas as categorias importadas em novembro foram menores do que no mesmo mês de 2005, como pode ser observado no gráfico 2.

Gráfico 2. Preço médio pago por categoria de carne ovina importada no mês de novembro, em 2005 e 2005.


Fonte: MDIC, elaboração FarmPoint

O volume importado nos primeiros 11 meses do ano aumentou 67% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo 6.053 toneladas. A maior parte deste volume é composta por cortes com osso congelados, que totalizaram 5.591 toneladas, 69% a mais do que em 2005. Entretanto o maior aumento foi registrado para a categoria cortes sem osso congelados, responsável por 346 toneladas, volume 92% maior que no ano passado.

O principal fornecedor de carne ovina ao Brasil continua sendo o Uruguai, responsável por mais de 99% das vendas. A outra pequena parte fica a cargo do Chile e ocorre eventualmente em alguns meses do ano.

Marina A. Camargo Danés, Equipe FarmPoint.

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Comentários

Fabio Miranda Mori

Presidente Prudente - São Paulo - Produção de ovinos
postado em 18/12/2006

Esta reportegem é muito boa para sabermos que o consumo da carne ovina vem aumentando, mas ao mesmo tempo tira os investidores do setor da carne ovina do mercado interno pela diferença do preço da carne no Uruguai, que está muito abaixo do preço praticado no mercado interno do Brasil.

O que acontecerá com os preços no Brasil? Porque se colocarmos nossos custos de produção do cordeiro e o preço baixar mais ainda se tornará inviável de produzir cordeiro por parte dos pequenos e medios produtores.

gisalda carvalho filgueiras

Belém - Pará - Instituições governamentais
postado em 18/12/2006

É muito importante essas informações sobre o fluxo do comércio sobre produtos que o Brasil pode produzir. Desta forma, pode-se pensar em produzir tais produtos para não depender de (importações) de outros países, ainda mais se existem condições favoráveis para se explorar.

Roberis Ribeiro da Silva

Salvador - Bahia - Consultoria/extensão rural
postado em 19/12/2006

É sempre bom apresentar esses dados para os agentes da cadeia produtiva da ovino-caprinocultura brasileira. Principalmente para que os produtores e os governantes desse país vejam que os cortes com osso estão sendo comercializados por U$ 2.15/kg, que equivale dizer R$ 4.62/Kg.

Como pode pagar ao produtor de caprino e ovino do Brasil melhor se o Uruguai está comercializando a paleta congelada por R$ 4.62/kg. É preciso refletir e investigar, no futuro, a política de comercialização do Uruguai junto ao Brasil e os custos de produção dos produtores, sob pena de prejudicar outros elos da cadeia como os processadoes e por tabela os produtores que são os fornecedores da agroindústria brasileira. Enfim, vamos ver até onde vai este barco.

Lourenço

São Miguel do Araguaia - Goiás - Produção de ovinos
postado em 20/12/2006

"Parabéns" a política agropecuária do Brasil.
Quando surge uma atividade que pode ajudar o pecuarista a diversificar a sua produção e consequentemente melhorar a receita de suas propriedades, esbarramos mais uma vez na falta de posicionamento do governo com relação a um amparo aos produtos produzidos aqui no País. Dessa forma continuaremos a ser somente um produtor de ovelhas, comandado por paises que nasceram e vivem sobre um aprisco de carneiros.

Daniel Legnaro Faria

Ribeirão Preto - São Paulo - Produção de ovinos
postado em 22/12/2006

Isso demonstra que é necessário uma urgência de nosso governo para com as restrições na importação de carne ovina do Uruguai.

Não consigo imaginar, com uma demanda forte no Brasil por carne ovina, uma extensão de terra gigantesca, não termos carne para oferecer à nossa população produzida em nosso país.

Com certeza a atividade não consegue ir pra frente. É necessário uma política restritiva à importação e de fomento da atividade. Não podemos deixar o barco ir embora sem rumo.

Precisamos tomar atitude dentro das associações e cooperativas existentes, de modo a mobilizar os nossos governantes. Podemos começar pelo secreterário de agricultura municipal e estadual!!!
Não podemos deixar correr frouxo. Não se pode vencer uma guerra lutando sozinho. Pensem nisso!!!!!

Cezar Amin Pasqualin

Curitiba - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 23/12/2006

A importação descontrolada da carne ovina abastecendo o mercado interno está trazendo um grande problema para o crescimento da Cadeia Produtiva de Ovinos no Brasil.

Além de não representar a verdadeira carne de cordeiro, confunde o paladar dos consumidores, que na maioria das vezes estão formando uma opinião sobre a carne. Compare o borrego Uruguaio x o cordeiro produzido no Brasil, a diferença é da água para o vinho. O nosso produto é estremamente precoce e saboroso.

Defendo a idéia de formarmos uma frente nacional de defesa da classe produtora, taxando o produto importado, até que possamos estabelecer um ideal de produção nacional em volume, qualidade e estabelecendo o hábito alimentar da verdadeira carne. Isto tudo aliado a uma eficaz política nacional, de combate ao comércio de carnes clandestina.

Vamos a ação, estamos a disposição das autoridades brasileiras e das representações dos criadores, para darmos início a uma verdadeira ação nacional. Se nada for feito, com certeza estaremos repetindo e lamentando nos próximos anos este tema, dificultando desta forma a consolidação da Cadeia Produtiva da Ovinocultura.

Acredito que se medidas forem adotadas, em breve teremos uma forte opção de diversificação principalmente para o pequeno e médio produtor rural.

Cezar Amin Pasqualin- Médico Veterinário- Coordenador do Programa de Estruturação das Cadeias Produtivas de Ovinos e Caprinos na EMATER- Paraná.

João Marcos Santos Malucelli

Palmeira - Paraná - Produção de ovinos
postado em 26/12/2006

A cadeia produtiva da ovinocultura se desestabiliza com a entrada de carne do Uruguai. Não há como concorrer em custos de produção com o país vizinho. No Paraná a ovinocultura é intensiva, muito mais dispendiosa. Perdemos também na escala. Nossos rebanhos são pequenos.

Os problemas da "porteira pra dentro" são de fácil solução. O produtor está bem mais receptivo à tecnologia. Aprendeu a fazer a lição de casa. Penso que da "porteira pra fora" seja o mais difícil, mas não impossível. Está na alçada dos nossos políticos e na cumplicidade e sintonia dos produtores.

A carne uruguaia tem preço mas não tem qualidade. Nossa exploração é a ovinocultura de corte. Nossos criatórios são de raças especializadas em "carne". No Uruguai, as raças são especializadas em produção de lã e de dupla aptidão.

Está na hora dos produtores e do Governo se entrosarem e selarem uma parceria!

João Marcos Santos Malucelli
Médico Veterinário
Instrutor de Ovinocultura de Corte do Senar/Pr

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