Os contratos futuros de milho despencaram e atingiram seu limite mínimo em Mumbai, após o anúncio da medida. A Índia era o sexto maior fornecedor mundial da commodity no ano passado.
A proibição das vendas de milho ao exterior por parte da Índia vem se somar às restrições às exportações de arroz, trigo e óleo de cozinha, num momento em que o governo indiano tenta controlar a alta dos preços que fez as taxas de juros alcançarem seu maior patamar dos últimos seis anos, o que vem provocando seguidos distúrbios sociais. O país aumentou em mais de seis vezes suas remessas de milho nos últimos 12 meses à medida que o preço mundial dobrava.
"Os preços mundiais do milho certamente vão subir", declarou em entrevista Atul Chaturvedi, presidente da Adani Enterprises Ltd., a maior empresa exportadora indiana de produtos agrícolas. "Os estoques estão apertados em todo o mundo e o milho indiano era visto como um alívio para a maioria dos compradores do Sudeste Asiático".
Os contratos futuros de milho para entrega em setembro recuaram 0,42%, para US$ 7,5 o bushel na Bolsa de Mercados Futuros de Chicago. No início do dia, os preços recuaram até 1,6%. O milho alcançou o recorde de US$ 7,9925 em 27 de junho passado, após as piores enchentes no Meio-Oeste dos EUA desde 1993 terem danificado as plantações.
As remessas de milho da Índia totalizaram o recorde de 2,5 milhões de toneladas nos últimos 12 meses. Isso ocorreu porque a maioria dos fabricantes de ração animal que atendem ao mercado do Sudeste Asiático começaram a buscar alternativas de abastecimento mais baratas do que nos Estados Unidos, país que é o maior exportador mundial de milho. As exportações indianas ficaram em 400 mil toneladas no ano anterior. As informações são da Gazeta Mercantil.
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