Na quarta edição do estudo Negócios em Bens de Consumo no Trimestre (Consumer Products Deals Quarterly), a consultoria continuou registrando grande movimentação de compras, chegando a 54 transações entre julho, agosto e setembro - 22% a mais que no trimestre anterior, quando foram realizados 44 negócios. Desse total, 39 foram aquisições e fusões realizadas no segmento de alimentos. Em seguida vem o setor de bebidas e o de higiene pessoal e limpeza. Só a indústria de tabaco permaneceu estável.
"O segmento de alimentos ainda é muito regionalizado e pulverizado, ao contrário do que acontece com o de tabaco, que é concentrado em poucos grandes fabricantes globais", diz Ricardo Rios, gerente sênior da área de transações da Ernst & Young Brasil. "Por não ter ainda empresa tão consolidadas e ainda muito locais, esse setor acaba se tornando alvo de aquisições", completa. O setor de alimentos tem apresentando boas taxas de crescimento desde o fim dos anos 90, quando começou o movimento de expansão das classes médias na Ásia, agora estendido para outras regiões e países, como o Brasil.
No Brasil, as fusões e aquisições entre empresas de bens de consumo totalizaram oito transações, contra cinco no segundo trimestre. O estudo não especifica quantas aconteceram nos segmentos de bebidas, alimentos, higiene ou tabaco. Mas os negócios mais significativos foram a compra da divisão de atomatados da Unilever pela Cargill, por R$ 600 milhões, e a venda de 29,3% da Forno de Minas para o fundo Mercatto Capital Partners, com sede no Rio de Janeiro.
A reportagem é do jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
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