Em dezembro, o índice desacelerou para 0,28%, ante os 0,36% verificados em novembro, informou na sexta-feira (09) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado de dezembro foi também o melhor para este mês desde o início do Plano Real, em julho de 1994.
Os alimentos exerceram a maior pressão sobre a inflação durante o ano passado e acumularam alta de 11,11%, ante 10,79% constatados em 2007. Eles exerceram contribuição de 2,42 p.p. sobre a taxa global, o equivalente a 41% do total. Segundo o IBGE, a alta dos alimentos foi resultado, principalmente, dos preços elevados das commodities agrícolas no mercado internacional e pelo aumento da demanda, seja no mercado interno ou no externo. A maior pressão foi verificada no primeiro semestre, quando os alimentos subiram 8,65%. Nos últimos seis meses de 2008, a alta ficou em 2,27%.
A refeição fora de casa foi responsável pela maior contribuição individual para a inflação dos alimentos em 2008. A alta de 14,45% resultou em contribuição de 0,55 p.p. O preços das carnes subiram 24,02%, com contribuição de 0,49 p.p.
Os produtos não-alimentícios tiveram alta de 4,46%, acima dos 2,83% observados em 2007. A principal contribuição foi do grupo despesas pessoais, cuja variação de 7,35% resultou em contribuição de 0,72 p.p. ao longo do ano passado. Os salários dos empregados domésticos aumentaram 11,04%, contribuindo com 0,34 p.p.
Em dezembro, os alimentos desaceleraram de 0,61% observados em novembro, para 0,36%. As carnes, que haviam subido 2,53% em novembro, tiveram alta bem mais modesta, de 0,44% no mês seguinte. Já o tomate exerceu a maior contribuição (0,06 p.p), com elevação de 34,11% no mês passado.
Os produtos não alimentícios ficaram 0,26% mais caros, desacelerando frente aos 0,29% constatados em novembro. Os artigos de vestuário tiveram alta de 0,99%, ante 0,71% em novembro.
O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), calculado entre as famílias com renda mensal até seis salários mínimos, fechou 2008 com alta de 6,48%. Em dezembro, desacelerou para 0,29%, ante 0,38% em novembro.
A matéria é de Cirilo Junior, publicada na Folha Online, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.
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