"Os maiores fornecedores de couro caprino e ovino são os países africanos e entre eles alguns países árabes", informou o diretor-executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), Luiz Bittencourt.
De janeiro a julho deste ano, as importações brasileiras de peles e couros em geral dos países árabes somaram US$ 1,34 milhão. Entre os principias fornecedores árabes estão Egito, Arábia Saudita e Argélia, de onde o Brasil importa couro bovino, de caprinos e ovinos. Nos primeiros sete meses de 2007, as compras dos dois últimos itens somaram US$ 390 mil.
Segundo Bittencourt, a produção brasileira de couro de caprinos e ovinos não atende a demanda interna. Atualmente, a capacidade é de 12 milhões de unidades por ano, mas os criadores só conseguem ofertar 7 milhões de unidades. Estes tipos de couros detêm entre 15% e 20% do mercado, sendo que praticamente toda a produção está concentrada no Nordeste. "O couro da região nordeste é sem lã, ou seja, é aplicado nos calçados porque parece um tipo de couro bovino. Já as peles da região sul não podem ser aplicadas neste ramo", explicou Bittencourt.
Com o fim do imposto o Brasil ainda pode voltar a importar dos Emirados Árabes Unidos e da Somália, informou notícia de Marina Sarruf, da Agência de Notícias Brasil-Árabe (Anba).
Ricardo Eirea
Montevideo - Montevideo - Uruguai - Produção de gado de corte
postado em 27/08/2007
Resulta que no Uruguai, sem dúvida, país reconhecido como o maior e mais profissionalizado país produtor de ovinos da América, incrivelmente não se come quase carne ovina, e que se fosse o caso, não tem população para consumir nem sequer o 10% da existência.
O cordeiro se exporta quase tudo e a ovelha de descarte e o capão são um verdadeiro problema para comercializá-lo para os produtores. Resulta que no Brasil (no Paraná, que é onde freqüento) me dizem permanentemente que infelizmente não há carne ovina suficiente para o consumo, e agora vejo que há falta de couros ovinos para a indústria.
Será tão difícil estabelecer um acordo para exportar ovelha em pé que tem preços extremamente competitivos, para satisfazer, embora seja parcialmente, estas duas demandas???
A brasilerizacão do Uruguai segundo minha opinião é um acontecimento de esperar a muito curto prazo. A indústria cervejeira, já é completamente brasileira, a indústria frigorífica é já, em mas de 45% brasileira, a indústria do arroz é 100% brasileira há uns dias, concretizada na compra do SAMAN.
Anuncia-se para nos próximos meses a instalação da Leiteira Bom Gosto de Porto Alegre que se soma às mexicanas e venezuelanas já instaladas recentemente.
Depois disto, o que impede ao industrial brasileiro que o deseje, fazer um pacto com quem lhes ocorra e levá-los caminhões e caminhões de ovelhas e capões para completar os que faltam?
Eu os digo Senhores, que o que os impede é a falta de cultura importadora que caracteriza o comerciante e industrial brasileiro. Desde aí, que muitos, especialmente os médios e pequenos industriais deixam tudo para que seja sozinho negócio dos grandes.
Saudações do Uruguai,
Ricardo Eirea