"Caros colegas.
Faltamos ao citar idades e pesos e não caracterizar nossos rebanhos e o tipo de manejo a que estarão submetidos os cordeiros no pós-desmama.
Afinal desmamar aos 27Kg para as raças leves, mistas ou cruzas é bem diferente de desmamar as raças pesadas de carne (que neste peso são imaturos - quando bem alimentados). Além disso, devemos considerar os objetivos da criação, em ano de repor matrizes, por exemplo, é melhor desmamar pelo peso médio das borreguinhas.
Por mais que as alternativas de manejo possam parecer de difícil implantação aos que fazem criação extensiva, acredito que devemos aqui nos dirigir aos novos e/ou pequenos produtores, que eventualmente careçam de experiência, para os quais as "receitas técnicas" de pesos e idades possam resultar em perdas.
Como citou o Fontoura de D. Pedrito (não é uma crítica), desmamar no caminhão é prático e os cordeiros vão berrar nos ouvidos de outro. Porém aqueles que possuem ovelhas muito leiteiras (às vezes por conta da sobrealimentação da criação intensiva) podem ter perdas de tetos por mastite que só vão aparecer claramente na próxima parição - quando as ovelhas com mastite subclínica vão refugar os cordeiros e a mortalidade perinatal será elevada.
Outro motivo para este comentário é para refletir: nós pecuaristas temos uma grande tendência a subestimar nossas matrizes. Ao mesmo tempo que lhes exigimos alta eficiência reprodutiva às relegamos as piores condições de manejo na propriedade. Nos preocupamos com os carneiros, que devem estar bem alimentados e com o exame andrológico em dia; com os cordeiros, afinal são nossa moeda; e não damos atenção às borregas que serão as nossas máquinas de fazer dinheiro.
Saudações ovelheiras.
Ivan Saul D.V.M., M.Sc.Vet, - Granja Po'A Porã, 05/out/2010."
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