Esse volume corresponde a um aumento de 15,4% em comparação com período anterior, quando foram liberados R$ 156 bilhões para a produção agropecuária. Do total autorizado na safra 2014/15, R$ 112 bilhões foram destinados a financiamentos de custeio e comercialização e R$ 44,1 bilhões para os programas de investimento, que podem ser os mais afetados agora pelo ajuste fiscal.
Kátia Abreu ponderou, no entanto, que o excesso de intervenção estatal "atrofia" o setor privado, mas a ausência do Estado pode inviabilizar o desenvolvimento da iniciativa privada. "Toda política publica tem custos para a sociedade, o que nem sempre fica claro é a relação enter custos e benefícios", afirmou.
A ministra destacou, ainda, que as projeções mostram acréscimo de 50 milhões de toneladas na produção agrícola brasileira, além de mais 8 milhões de t em carne, nos próximos dez anos. "Se depender da agricultura, o Brasil poderá retomar o prumo do desenvolvimento econômico", garantiu.
A presidente Dilma Rousseff e a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, exaltaram o crescimento de quase 20 por cento no volume de recursos.
Para o financiamento de custeio a juros controlados estão programados 94,5 bilhões de reais, 7,5 por cento a mais em comparação com o período anterior, segundo comunicado do Ministério da Agricultura. Já para investimentos serão 33,3 bilhões de reais também a juros controlados.
Para os empréstimos de custeio da agricultura empresarial, a taxa é de 8,75 por cento ao ano. Já para financiar os demais programas de investimentos, a taxa varia de 7 a 8,75 por cento ao ano (faturamento até 90 milhões de reais).
No plano anterior, a taxa média de juros de custeio era de 6,5 por cento, caindo para até 5,5 por cento em alguns casos.
O plano 2015/16 ainda prevê maior volume de recursos, de 53 bilhões, a juros livres de mercado, ante 23 bilhões no plano 2014/15.
O programa para estocagem de etanol prevê 2 bilhões de reais, a taxa TJLP para 2,7 por cento
Segundo o ministério, estão assegurados recursos de mais de 5 bilhões de reais para os produtos agrícolas que fazem parte da Política de Garantia dos Preços Mínimos.
Logística
Kátia Abreu afirmou também que as deficiências de logística têm sido enfrentadas de forma decisiva. Segundo ela, uma série de iniciativas estão sendo tomadas e outras estão prestes a ser anunciadas pela presidente Dilma Rousseff. De acordo com a ministra, essas iniciativas irão "transformar" a situação de infraestrutura no País.
A ministra destacou ainda a importância de se investir no setor agropecuário. Segundo ela, para cada R$ 1 aplicado no setor, são gerados mais R$ 3 de valor adicionado. "Continuamos com o financiamento ao setor agropecuário porque sabemos da importância do aumento da produtividade", destacou.
As informações são da Reuters, Estadão Conteúdo e Revista Exame.
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