Kátia Abreu adiantou que as primeiras análises já foram traçadas por especialistas do setor após aval dado pela presidente Dilma Rousseff. O objetivo é criar uma Lei Agrícola para cinco anos. “Nós estamos iniciando os estudos pra termos no Brasil uma Lei Agrícola, como os americanos tem a Farm Bill e os europeus à Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia. Nós não queremos mais viver no improviso, ano a ano, com o Plano Safra”, destacou.
A ministra da Agricultura também antecipou os suportes que vão embasar a futura Lei Agrícola do Brasil. “O seguro agrícola deverá ser o pilar mais importante, com o seguro para intempéries climáticas e o seguro agrícola de renda para termos uma lei que o Brasil merece”, ressaltou Kátia Abreu. Depois de finalizado o projeto de lei, o texto deverá ser aprovado no Congresso.
Além disso, a ministra garantiu que a presidente Dilma Rousseff excluirá do ajuste fiscal os recursos de crédito para a agricultura na safra 2015/16, cujo anúncio será feito em 19 de maio. "A presidente excluiu dos ajustes aquilo que faz bem ao País e que não tem excesso, como a agricultura", disse a ministra. Ela evitou falar sobre o volume de recursos disponíveis para o setor, mas admitiu que os juros para a próxima safra serão mais altos do que os do ciclo 2014/15. "Os juros, sim, vão subir, pois estamos vivendo em outra realidade. Se no ano passado tivemos juro neutro, neste ano também teremos um juro próximo a neutro." A ministra confirmou ainda, como o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, já havia adiantado na sexta-feira, 24, que os recursos captados com as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) serão utilizados para compor o volume destinado ao financiamento agrícola da próxima safra. Segundo ela, não haverá necessidade de uma edição de Medida Provisória (MP) para destinar os recursos das LCA para o Plano Safra. "Isso será feito via instrumentos do Banco Central e Conselho Monetário Nacional (CMN)", disse ela.
Kátia Abreu destacou que as futuras ações realizadas com o decreto do Matopiba, programado para ocorrer próxima quinta-feira (30), vão potencializar o desenvolvimento agrário no Estado do Tocantins e do Brasil como um todo.
No entanto, a ministra não confirmou se haverá prorrogação do prazo do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que termina no próximo dia cinco de maio. Segundo a ministra, caberá a Pasta do Meio Ambiente protelar ou não a data de entrega do CAR.
As informações são do Agrolink e Estadão Conteúdo.
Paulino Marcelo Becker Jeckel
Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Mídia especializada/imprensa
postado em 29/04/2015
Boas notícias. Esperamos que se concretizem. A estabilidade nas regras do jogo é algo fundamental. Historicamente sempre existe um período de indefinições e restrição de recursos antes do anúncio do plano safra. A agricultura não pode se dar ao luxo de esperar, pois tem prazo definido para plantar e para colher. O seguro rural é outro ponto que precisa ser desenvolvido no Brasil, onde uma parcela muito pequena dos produtores utiliza este recurso, ao contrário dos países desenvolvidos. Este instrumento é fundamental para minimizar os riscos da atividade e evitar retrocessos em anos de frustração de safra.