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Kátia Abreu: Copenhagen deve refletir a realidade

postado em 06/11/2009

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A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, propôs ao senador Chuck Grassley, do Comitê de Agricultura, Nutrição e Florestas, do Congresso norte-americano, que países como Brasil, Estados Unidos, Argentina e Austrália, maiores produtores agrícolas, se reúnam após a Convenção de Copenhagen para complementarem as decisões sobre o tratado de redução dos gases de efeito estufa. "Copenhagen não pode ser palco de um teatro. Deve refletir a realidade do mundo, aprovando normas que possam ser cumpridas", disse a presidente da CNA.

O senador norte-americano afirmou que o texto da lei ambiental, a primeira a ser votada nos Estados Unidos, se mantido como está, será desfavorável para a agricultura do meio oeste e sudoeste do País. Disse estar preocupado com o fato da legislação norte-americana não vir a ser acompanhada pelo restante do mundo, especialmente por países como Índia e China. "A lei será um ônus para os agricultores dos Estados Unidos se não for considerado tudo o que o setor já fez para reduzir a emissão de CO2", disse Chuck Grassley. Sua previsão é de que a lei não seja votada esse ano.

Ao falar sobre o debate que ocorre no Congresso brasileiro sobre a atualização do Código Florestal, a senadora Kátia Abreu comentou que a legislação brasileira é muito rigorosa, foi aprovada sob forte pressão política das organizações não governamentais e agora não pode ser cumprida. "É preciso compatibilizá-la com a realidade brasileira, para que possa ser aplicada", disse a presidente da CNA. Explicou que, agora, após um período de radicalização provocada pelas ONGs, o debate ocorrerá em novo momento, de maior amadurecimento. Acredita que a argumentação técnica e a participação da ciência garantirão uma discussão mais séria e aprofundada sobre a nova legislação que, na sua opinião, deverá ser votada ainda este ano.

As informações são da CNA, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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