O Uruguai conta com mais de 50.000 carneiros Corriedale avaliados - desde 2002 até agora - e a grande maioria dos rebanhos que oferecem reprodutores comerciais em cada encarneirada oferece a seus compradores dados objetivos que complementam a apreciação visual feita pelos produtores ao selecionar um animal.
O presidente da Sociedade de Criadores de Corriedale, Alejandro Tedesco, destacou que nessa avaliação de 2010 estão participando 33 rebanhos. Entre outros dados relevantes, Tedesco garantiu que as tendências genéticas nas medições mais importantes, como é o caso do diâmetro da fibra, "vem baixando substancialmente, mas simultaneamente sobe o peso do tosão e o peso corporal". O grande medo dos criadores era que afinar a lã levasse à perda na qualidade de lã e no peso corporal; em uma raça de duplo propósito como a Corriedale, a produção de carne também é importante.
Os dados do levantamento de 2010 mostram que o diâmetro da fibra abaixou 1 micra com relação a 2002. "Se a população era em média de 27 micra, hoje estamos em 26 ou menos dessa micragem". A grande força é a conexão entre rebanhos, que faz com que "o Uruguai esteja mais bem posicionado que a Nova Zelândia", disse Tedesco.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
Claudio Fontoura
Dom Pedrito - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos de lã
postado em 24/12/2011
Lendo este artigo, pergunto o que está acontecendo no Brasil, visto que na EXPOINTER 2010, somente um carneiro da raça Corriedale se encontrava com a finura de lã dentro dos padrões raciais. Todos os demais estavam com finuras de lã muito acima do recomendado?
Espero que este tipo de matéria tenha a relevância que merece, principalmente no ano do congresso mundial do Corriedale no Brasil, a fim de enquadrar os criadores nesta nova tendência mundial que é da lã mais fina e mais valorizada, sem nunca descuidar de sua carcaça previlegiada.