Segundo o presidente da Federação das Cooperativas de Lã do Brasil (Fecolã), Álvaro Lima da Silva, o valor médio do quilo passará de US$ 2,00, praticados no ano passado, para até US$ 3,50. A projeção é baseada no que ele chama de "tendência natural de recuperação".
Conforme o presidente da Cooperativa de Lã Tejupá, Carlos Leal, a valorização será verificada principalmente nas lãs finas (entre 12 e 25 micras). "O quilo da ideal deve passar de US$ 2,20 para US$ 3,50 dólares, e a de merino, de US$ 3,00 para US$ 4,00", exemplificou.
Já a raça corriedale (lã com espessura entre 27 e 33 micras), que responde por 60% da produção laneira do estado, não terá o mesmo incremento. Apesar de a estimativa apontar para um aumento de US$ 1,60 para US$ 2,00 no quilo do produto, o câmbio ainda será fator impeditivo. "Em 2006, comercializávamos com o dólar a R$ 2,20. Este ano, está a R$ 1,80, o que dá no mesmo", calculou Leal.
De acordo com o diretor da Lanobrasil, indústria com unidade em Guaíba, Angelo Siracusa, uma das alternativas seria usar o produto para móveis, cortinas, forrações e tapetes. "As lãs grossas são ásperas e penicam. É um problema sério. Na China, são usadas como fio de tricô para as classes mais pobres", frisou em reportagem do Correio do Povo/RS.
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