Na bolsa de Chicago, principal referência para o comércio dos três produtos, que são as commodities agrícolas de maior liquidez, do dia 12 de dezembro até ontem as valorizações dos contratos futuros de segunda posição de entrega, normalmente os mais negociados, superam 10%, de acordo com o Valor Data.
Mesmo após a forte alta de terça-feira, a estiagem em regiões produtoras sul-americanas voltou a motivar a alta da soja ontem em Chicago. A segunda posição (março) subiu 2,50 centavos de dólar e fechou a US$ 12,30. Com isso, o ganho acumulado desde 12 de dezembro chegou a 10,17%. Traders consultados pela agência Dow Jones Newswires destacaram que o fortalecimento do dólar em relação a outras moedas até limitaram a alta, mas que o temor em relação a oferta prevaleceu.
Sobretudo nas bolsas americanas, o valor do dólar e o preço das commodities costumam caminhar em direção opostas, até porque o dólar fraco torna as exportações americanas mais competitivas.
No mercado de milho em Chicago, a tentação dos investidores em realizar lucros foi mais forte ontem. Somado ao dólar mais firme, os contratos de segunda posição (maio) caíram. Mas muito pouco, por causa do La Niña. Os papéis fecharam a US$ 6,6675 por bushel, queda de 0,25 centavo de dólar, mas ainda assim acumulam ganho de 12,2% desde o dia 12 de dezembro, conforme os cálculos do Valor Data.
Ainda que pouco afetado pelas adversidades climáticas sul-americanas até agora, o trigo "pegou carona" com o milho, já que ambos podem ser usados para alguns fins semelhantes, e também subiu 12,1% de 12 de dezembro até ontem. A segunda posição (maio) fechou ontem a US$ 6,68 por bushel, baixa de centavos de dólar.
As informações são do jornal Valor Econômico, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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