Segundo ele, cartório estabelecido na lei nº 4.716, de 29 de junho de 1965, que dispõe sobre organização, funcionamento e execução dos registros genealógicos, principalmente nos casos dos ovinos, está prejudicando o desenvolvimento das raças deslanadas do nordeste brasileiro. "A concentração das decisões no Rio Grande do Sul, sede da Arco, não acompanha o dinamismo que o crescimento das raças deslanadas requerem no momento", observou.
A evolução das características morfológicas das raças deslanadas e o surgimento das raças sintéticas necessitam, segundo o parlamentar, de uma associação mais próxima entre criadores e criatórios. "O Nordeste é o berço do Santa Inês. As características fisiológicas e morfológicas desenvolvidas e temperadas no sol e no calor da nossa região representam uma base espetacular para o desenvolvimento da ovinocultura no Brasil e talvez do mundo", frisou.
O projeto já está na pauta da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. "A partir da Santa Inês e da Morada Nova podemos criar mais de dez raças sintéticas para exportar para o mundo", ressaltou em reportagem do Diário de Natal/RN.
João Luiz Lopes/Tecnovinos
Goiânia - Goiás - Ovinos/Caprinos
postado em 11/12/2007
Acredito que o controle genealógico de qualquer raça deva permanecer com quem já detem o domínio, quanto mais se meche, menos confiante se torna. Sei que a região nordeste possui o maior rebanho de deslanados do país, sei que o sul tem suas dificuldades em processar mais rápido e melhor.
Também sei que qualquer um pode e deve fazer "lobby" para defender seus interesses, mas também sei que existem pessoas com alto poder de entendimento e conhecimento, capazes de decidir, sempre, o correto.
Como exemplo, vou citar um acontecimento que poucos têm conhecimento. Quando fui Presidente da Associação Goiana de Criadores de Caprinos e Ovinos, nos idos de 1997 a 2003, em determinada época ficamos indignados com ações da ARCO, resolvemos então aglutinar com outras pessoas da região centro-oeste e começamos a organizar a "Associação Brasileira de Criadores de Ovinos do Planalto", cujo objetivo maior era buscar o controle genealógico de ovinos no Brasil.
Tocamos a idéia até a chegada de um entendedor do assunto que nos alertou da possibilidade de naufrágio deste nosso sonho.
Moral da estória: Sonhar todos nós podemos, porém vamos sonhar com ações mais dignas aos nossos contribuintes. Ações que possam encher a mesa e o bolso de todos aqueles que labutam diuturnamente para manter esse país em ascensão.
Senhores, buscarmos propostas para determinados grupos não me parece o mais correto para o momento. Vamos, de fato, propor ações reais de desenvolvimento. Deixemos de lado o bairrismo e cuidemos do setor como um todo. Existem milhares de criadores, tanto de genética quanto de produção de carne que carecem e merecem ações que vão lhes encher a mesa.
Vamos propor um programa de desenvolvimento pecuario sólido para o setor, pois a demanda mundial e nacional cresce dia após dia e, ainda, deparamos com produtores perdendo investimentos e abandonando o setor.
Meu pensamento com relação à tal discussão: hipocrisia.