O leite de cabra vem conquistando espaço cada vez maior no mercado de lácteos. De fácil digestão e com menor teor de colesterol e açúcar, o produto é indicado para crianças. Além do leite, derivados como queijo e iogurte já caíram no gosto do consumidor. Por causa disso, mais criadores de caprinos têm investido na fabricação de queijo.
De acordo com o IBGE, o Brasil tem 14 milhões de cabeças de caprinos. Os números da produção de leite não são oficiais, mas estima-se que chegue a oito milhões de litros por ano, oferta que, segundo associações de criadores, não é suficiente para suprir a demanda.
Segundo os criadores, este mercado só não é maior por causa de um problema ligado à legislação. Eles explicam que não existe uma lei específica para derivados de leite de cabra. Assim, os produtores precisam atender as mesmas exigências do leite de vaca.
Para a presidente da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Minas Gerais (Caprileite), Aurora Gouveia, esse é o grande obstáculo para o crescimento da atividade. Ela diz ainda que, por causa disso, muitos produtores acabam ficando na ilegalidade.
Até uma câmara setorial federal foi criada para defender as reivindicações do setor junto ao governo. Porém, enquanto aguardam uma regulamentação, os produtores abusam da criatividade buscando aumentar a renda. Além do queijo, fazem biscoito, doce de leite e cocada a base de leite de cabra. Além disso, os cosméticos também fazem sucesso: tem sabonete, hidratante, xampu e condicionador.
As informações são do Canal Rural, resumidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.
Paulo José Theophilo Gertner
Lauro de Freitas - Bahia - Médico Veterinário
postado em 16/03/2010
Não sou profundo conhecedor do tema, mas gostaria de publicamente pedir a Prof.Aurora que enviase a proposta do Leite Legal para tentarmos juntos, a nossos representantes legais da Bahia, fazermos com que o projeto tramite.
Atualmente somos todos "empurrados" a ilegalidade, por uma legislação que exige uma estrutura inviável para o produtor.
Vemos na Serra Gaúcha e em parte do Espirito Santo, produtos caseiros, chamados "Da Colonia" com Inspeção Estadual. Fato que na Bahia não conseguimos.
Certamente esta é uma das bandeiras que o setor e as associações de criadores devem levantar.
Obrigado Dra.Aurora, conte conosco para que consigamos fazer um trabalho coordenado em todas as unidades da Federação.