Segundo a pesquisadora Luciene Paschoal Braga Dias, veterinária que participa da pesquisa no LAT/UFRJ, a proteína "Fator de Estimulação de Colônias de Granulócitos humano" (hG-CSF) foi escolhida devido à sua importância para a saúde humana, pois o hG-CSF aplica-se extensivamente na prevenção da queda nos níveis de células brancas após quimioterapia ou radioterapias intensivas.
É também usada na estimulação da hematopoiese (qualquer patologia que necessite melhorar a imunidade e aumentar a série branca do sangue) após transplante de medula óssea ou ainda no tratamento de diversas doenças relacionadas à imunodeficiência. Recentemente, o hG-CSF vem sendo utilizado como um fator que mobiliza células tronco para regeneração das áreas de infarto no miocárdio, mostrando um novo e amplo campo de aplicação desse fármaco.
A maior vantagem do novo fármaco seria o custo. "Atualmente, 300 g de hG-CSF recombinante produzido por bactérias custam aproximadamente US$ 100 e não é facilmente acessível em relação à demanda, que tem crescido a cada ano. E um pequeno grupo de cabras transgênicas poderia produzir uma quantidade de leite suficiente para atender a necessidade do Brasil em hG-CSF, com custo menor e com estrutura molecular igual a da proteína original", esclareceu a pesquisadora.
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