"A ETERNA CRISE NO SETOR RURAL.
A atividade rural - agricultura e pecuaria com produção e serviços, nas últimas decadas vem sendo duramente penalizada pela falta de politicas públicas.
Muitos falsos programas, tratados com forte apelo de marketing público mostra a população a falsa ideia de que tem muita gente ganhando dinheiro com a atividade.
Essas propagandas enganosas tem levado muita gente sem tradição, experiencia e conhecimento, a arriscar investir no setor, com grandes perdas para eles e para o país.
O credito rural, esta longe de ser aquela maravilha anunciada e muito mais distante do que realmente o setor precisa, sem falar na obrigação da contrapartida exigida pelos bancos para a liberação do dinheiro.
Custeio de 01 ano de prazo, investimento com 02 anos ou é para aplicar em outro negocio ou quem arriscar na atividade rural não tem como pagar.
O Pronaf é mais um programa assistencialista enganoso, que sem a assistencia técnica os resultados continuarão a ser desastrosos.
Creio que a CRISE ECONOMICA poderá servir como um golpe para justificar tudo que deu errado nos últimos anos e ainda não houve tempo de aparecer.
É importante pensar no fortalecimento do setor começando com a organização dos produtores, com um amplo programa para a criação de uma entidade de classe unica, que englobe sindicatos, frente ruralista, federações - mas, prinicipalmente com uma proposta para planejamento do setor num prazo longo, elaborando esse plano diretor do setor com uma equipe formada por técnicos e produtores."
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Nei Antonio Kukla
Porto União - Santa Catarina - Consultoria/extensão rural
postado em 29/01/2009
Diante do comentário exposto, gostaria de me ater na parte em que o colega José cita o Pronaf no âmbito de que este sem a assistência técnica de nada adianta.
Concordo plenamente com isso, sou totalmente favorável de que o Pronaf deveria ser liberado e obrigatório o acompanhamento técnico, seja custeio ou investimento.
Mas assistência técnica de campo precisa o técnico ir sujar as botas na lavoura e o agricultor ter consciência de que a não aplicação das técnicas recomendadas lhe implicam em alguma penalidade, pois diferente disto, o agricultor não colhe nada e corre atrás de Proagro. Aí aquele técnico que não faz jus ao juramento que fez (não estou generalizando) emite um laudo do "jeitinho" brasileiro e desta forma não há sistema que aguente.
Então, de um lado o GOVERNO: Pronaf + ATER = Resultados para o produtor e todo o sistema.
Do outro, PRODUTOR e TÉCNICO: comprometimento com o que fazem sem "pretensões" de trocar laudo por coisa alguma e sem querer pegar seguro de lavoura mal cuidada.