"Nem que fosse careca o Brasil poderia assumir uma meta de desmatamento zero, porque sempre vai haver alguém que vai cortar alguma coisa. O que o Brasil está fazendo é algo muito revolucionário e muito forte", disse Lula, em resposta a uma reivindicação feita pela ONG Greenpeace, que realizou um protesto em frente ao local da cúpula.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, defenderam que o plano brasileiro de desmatamento seja adotado como modelo por outros países. Reinfeldt, por sua vez, recordou que o desmatamento é responsável por mais de 20% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil.
Isso justifica a importância da iniciativa brasileira, que a União Europeia quer discutir durante a conferência sobre a mudança climática que as Nações Unidas (ONU) realizam em dezembro, em Copenhague.
Ao mesmo tempo, do lado de fora do Palácio Rosenbad, onde os líderes brasileiros e europeus se reuniam, manifestantes da organização ambientalista Greenpeace pediam a Lula que "salve o clima", assumindo um compromisso de acabar com todo o desmatamento no País até 2015.
Na declaração dessa cúpula, Brasil e União Europeia defendem ainda que o acordo de Copenhague inclua metas de redução de emissões também para os países em desenvolvimento e ressaltam que os países mais ricos devem ajudar a financiar as medidas necessárias para atingir esses objetivos.
Lula insistiu que, para combater de maneira eficiente a mudança climática, cada país deverá assumir em Copenhague compromissos correspondentes a suas responsabilidades nos níveis de emissões globais. "Temos que chegar em Copenhague sabendo exatamente quanto cada país emite de gases de efeito estufa. Desde Guiné Bissau, que não deve emitir nada, até os Estados Unidos, para que cada um assuma a responsabilidade pelo mal que está causando", defendeu ele.
"O bom senso e a maturidade devem prevalecer na cabeça dos dirigentes. É preciso levar em conta que a China não pode pagar o mesmo preço que a Inglaterra, que começou a industrialização 200 anos atrás", complementou.
Lula também voltou a defender o papel dos biocombustíveis no combate à mudança climática. "Eu, se pudesse, levaria um carro a etanol lá para Copenhague e ficaria medindo quanto ele emite".
A declaração da cúpula reafirma o compromisso do Brasil e da União Europeia em "promover o uso de fontes de energia alternativas, incluindo a produção e uso de biocombustíveis sustentáveis".
As informação são do portal Terra, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
Roberto Ribeiro Carvalho Pini
Barueri - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 08/10/2009
Muito boa a cobertura dada pela Equipe AgriPoint .
Debil e sem personalidade a posição de Lula : por mais que fale de justiça e responsaqbilidade , na avaliação de quanto cada país está emitindo e em financiamento dos ricos para as medidas nos países pobres...
Na verdade, infelizmente, ainda está entrando no jôgo das grandes potências : que é dar esta importancia exagerada ao aquecimento como causado por emissões antropogênicas ( há milhares de cientistas climáticos que não concordam com isso) e, além disso, concordar com restrições ao nosso desenvolvimento.
E o pior de Lula foi não criticar o fato de que o ambientalismo internacional negligencia totalmente o ser humano, pequeno produtor familiar, em sua necessidade urgentíssima de melhoria de condições, de interação sustentável mas produtiva com a natureza. Ou seja trata sempre o pobre como uma praga e os países pobres como colonia. Não podemos abrir mão do nosso direito ao desenvolvimento economico social. A vinculação tão direta do nosso desenvolvimento agropecuário com o aquecimento global faz parte de uma das maiores fraudes já impostas à humanidade.
Repito , há milhares de cientistas que não concordam e demonstram claramente que não é assim.