A presença de Lula é aguardada em seminário que o governo vai organizar no dia 24, em Roma, às vésperas da eleição. O encontro vai discutir a cooperação brasileira à agricultura da Africa e do Caribe, num claro aceno à maioria dos países. Além do ex-presidente, poderão aparecer pelo menos cinco ministros. Fonte do governo brasileiro disse que a presença de vários ministros em Roma não será em função do seminário, e sim da agenda deste ano da conferência da FAO, que começará logo depois da eleição, prevista para o dia 26.
Graziano é reconhecido como um bom candidato, com todas as credenciais para dirigir a FAO, mas ninguém no governo faz prognósticos, porque a eleição é muito disputada. Ele concorre com outros cinco candidatos, originários da Espanha, Áustria, Indonésia, Irã e Iraque. O espanhol Miguel Moratinos, ex-ministro das Relações Exteriores, contou com um jatinho do governo de seu país para rodar por dezenas de países pedindo votos.
O outro europeu é Franz Fischler, ex-comissário de Agricultura da União Europeia. Ele conta com apoio da Alemanha e de países do Leste Europeu. A expectativa é que o voto do europeu que for primeiro eliminado irá quase automaticamente para o outro.
Na prática, os votos de dezenas de países africanos podem ser decisivos. A Europa não deixa de lembrar a cooperação que oferece ao continente. A Espanha é um dos maiores doadores para a região. O Brasil, por sua vez, aumentou a cooperação. Outro candidato de país em desenvolvimento, o vice-ministro do Bem-Estar Social da Indonésia, Indroyono Soesilo, estaria ocupando espaço e pode surpreender.
As informações são do jornal Valor Econômico, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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