Mailson da Nóbrega, da Tendências Consultoria Integrada, apresentou as perspectivas da economia mundial e seus impactos sobre o Brasil.
Cenário macroeconômico mundial
No cenário mundial alguns países tme passado por momentos de crise, enquanto outros, principalmente alguns em desenvolvimento tem seguido em crescimento.
Segundo Mailson, deflação e depressão são riscos que já ficaram para trás. "O sistema financeiro europeu está em crise e poucos acreditam na recuperação da Grécia por vários anos". Países ricos, desenvolvidos estão com excesso de endividamento.
Contudo, está havendo uma recuperação de dívida em países da zona do euro, motivo pelo qual dificilmente haverá uma nova grande crise.
Diferente desses países, a China, que é a grande fonte de importação de produtos brasileiros, deve continuar crescendo em ritmo acelerado. "Brasil e China se saíram bem da crise, mantendo o crescimento da economia. O Brasil está mais resistente pois tem um sistema financeiro sólido e sofisticado. Temos a quarta maior Bolsa do mundo para proteção dos investidores", comenta Mailson.
O câmbio flutuante e a taxa de juros influenciam diretamente a estabilidade macroeconômica. De acordo com Mailson, o Banco Central terá que elevar a taxa de juros para controlar a inflação.
"O Banco Central tem que fazer [elevar a taxa de juros]. Ninguém vai gostar mas tem que fazer para a estabilidade da moeda", pontua ele.
Diante de problemas enfrentados por países da zona do euro, EUA e Japão, o Brasil é um país que apresenta situação externa confortável. "As reservas do país são superiores à dívida externa, fazendo com que o Brasil seja credor do mundo."
Nos últimos anos o nível de investimento no Brasil tem aumentado. Isso acontece pela situação que o Brasil se encontra, com economia crescente e dívida controlada, emitindo sinal de que os riscos de calote são baixos e a perspectiva de crescimento é alta, tornando-se mira de investidores.
Participação da China no cenário mundial
"O fenômemo China é mais complexo do que se pensa", exclama Mailson.
Segundo ele, atualmente este país tem taxas de poupança e investimento elevadas, o que tem sustentado o crescimento econômico. Além disso, as políticas educacionais bem sucedidas geraram revolução educacional em pouco tempo.
Outros fatores que colaboram para o crescimento do país são: amplo investimento em pesquisa e desenvolvimento e forte aumento da produtividade motivado também pela migração da população campo-cidade.
Mailson analisa também que a China tem integração ampla com a indústria mundial e o fato de não ter grande agregação de valor aos produtos produzidos não é problema, pois, acima de tudo, os chineses geram volume de produção, emprego, renda, tributação, etc.
A perspectiva apresentada por Mailson é de que em 10 - 20 anos a China crescerá de 9% a 10% a.a., e mais, crescerá ininterrupdamente por 30 anos.
E o Brasil?
O Brasil passou bem pela crise de 2008 e ainda tem condições de avançar em função de fatores positivos como instituições políticas e econômicas sólidas; democracia consolidada e funcional; imprensa livre, competitiva e agressiva; e capacidade de defender direito individual e moeda estável.
Crise futura: dá para prevenir?
Segundo Mailson, a crise pode ser causada por perda de produtividade originada de falta de reformas estruturais e ineficiências do poder público. "Se isso acontecer o Brasil vai estagnar".
Outro ponto que pode interferir nesse processo de crescimento da economia brasileira é o problema de infraestrutura. Segundo Mailson, "fora da porteira" aparecem problemas fortes de logística, tributários e burocráticos.
Mailson chama atenção para o fato de que a ineficiência pública pode anular a eficiência do setor privado se as ações não forem bem gerenciadas e estruturadas.
No entanto, na atual situação que o Brasil se encontra, e na forma e velocidade com que tem caminhado são fatores que proporcionam capacidade de prevenção contra uma crise.
"O Brasil mudou. Hoje o país tem um ambiente crítico e novas lideranças devem abortar uma possível crise, evitando fracassos como os dos anos 70 e 80", comenta ele.
Mailson apresenta bastante otimismo em relação ao futuro do Brasil. "O Brasil está atento, integrado, tem crítica e pesquisas de altíssima qualidade, e por isso deve superar os riscos e continuar crescendo", finaliza.
Natália Fernandes, Equipe AgriPoint
José Humberto Alves dos Santos
Areiópolis - São Paulo - Produção de leite
postado em 03/06/2011
Natália, boa tarde
Em que pese eu concordar que o Brasil mudou e que "tem crítica e pesquisa de altissima qualidade", fico um pouco preocupado com as opiniões do ex-ministro da fazenda, que por um pequeno período da história democrática do Brasil, saiu do Banco do Brasil, pertenceu ao governo Sarney e depois montou uma assessoria "PROJETO" (?!), não, não, a PROJETO é de outro ministro - acho que o nome é QUEST INVESTIMENTOS (?!) não, não - essa é de outro membro do governo do FHC (acho que foi presidente do BNDES); não é nada disso, acho que ele foi criar cavalos na França - não não esse que virou criador de cavalos é filho daquele grande escritor e foi Presidente do Banco Central, contemporâneo do dono da QUEST.
O Dr. Mailson é sócio da TENDÊNCIA......