O Brasil é detentor de, aproximadamente, 12% da disponibilidade hídrica do planeta e a agricultura é uma das atividades econômicas que mais dependem da água e do seu uso racional. "É importante enfatizar o papel da agricultura irrigada na geração de emprego e renda e a contribuição da água nesse processo produtivo", aponta o chefe da Divisão de Agricultura Irrigada do Mapa, José Silvério.
Com recursos do Programa de Crédito Rural de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra), que chegam a R$ 500 milhões para a safra 2009/2010, além de projetos direcionados ao uso, manejo e conservação de solos, o Mapa vem apoiando iniciativas que buscam o uso mais eficiente da água, por meio de modernas tecnologias, garantindo a máxima produtividade agrícola e a sustentabilidade do sistema do ponto de vista econômico, social e ambiental. "Nesse sentido, o desperdício, os custos elevados e a falta de água exigem o permanente desenvolvimento de pesquisas para determinar os graus de eficiência de cada método utilizado na irrigação, bem como a definição do balanço hídrico com os níveis de necessidade por cultura em cada estágio de seu ciclo evolutivo", explica o chefe da Divisão de Agricultura Irrigada.
O Dia Mundial da Água, definido pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2003, tem como objetivo promover uma reflexão sobre a importância da água nos contextos social, econômico, ambiental, ecológico e político, visando sua conservação e preservação para atender as necessidades da atual e futura gerações.
Silvério destaca, ainda, seis alternativas que podem contribuir no processo de otimização do uso da água para viabilizar a agropecuária no Brasil, com prosperidade econômica e estabilidade social, além de garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade ambiental.
Alternativas para otimizar o uso da água na agropecuária
1 - Manejo da água oriunda da chuva e do próprio solo na área cultivada, de modo a evitar o seu rápido escoamento.
2 - Adoção do Sistema de Plantio Direto na Palha (SPDP) nas regiões onde seja recomendável, já que o método contribui para a redução das perdas de água e de solo, evita a erosão e preserva a umidade do solo.
3 - Preservação das reservas permanentes e recuperação das áreas impróprias para o
desenvolvimento da agricultura.
4 - Seleção e monitoramento dos tipos, dosagens e manejo de agroquímicos, que podem ser empregados nas culturas sem danificar a água que será utilizada posteriormente.
5 - Desenvolvimento de métodos de irrigação sem desperdícios e aperfeiçoamento de novas técnicas.
6 - Promoção de pesquisas em biotecnologia para obtenção de cultivares resistentes à seca.
As informações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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