O estudo destaca o aumento significativo da participação dos países em desenvolvimento nas exportações brasileiras de produtos do agronegócio. O crescimento anual médio das exportações do agronegócio para este grupo de países foi de 23,1%, enquanto para grupo de países desenvolvidos essa taxa foi de 10,8%. A China, isoladamente, contribuiu com metade da alta na participação dos países em desenvolvimento, passando de 3,7% para 8%, entre 2001 e 2007.
Os países do Oriente Médio e da África expandiram a participação em 1,8 pontos percentuais, enquanto que a Rússia aumentou em 1,2. Nos últimos quatro anos, a Venezuela registrou um intenso crescimento. Em 2006, ocupava a 12ª posição no ranking dos maiores mercados para os produtos do agronegócio brasileiro e no ano passado ficou em 9º lugar.
O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, do Ministério da Agricultura, avaliou que apesar do bom desempenho do agronegócio nos últimos anos é preciso corrigir os problemas que prejudicam o setor. Entre essas dificuldades, ele citou a falta de infra-estrutura e a dependência externa por fertilizantes.
Ainda sobre o comércio internacional do agronegócio, outro destaque é o setor de lácteos, vendas que renderam US$ 290,997 milhões no acumulado do ano até julho, crescimento de 169,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. "O setor de lácteos deve ter nos próximos anos um salto como o verificado nas carnes", afirmou Porto.
O secretário também lembrou que uma diversificação da pauta de exportações, o que é bom para o País. As vendas de produtos florestais (celulose, papel e madeira), por exemplo, devem render US$ 10 bilhões. Ele contou ainda que alguns empresários procuraram o governo para avaliar a possibilidade de exportação ração animal. "Se somos exportadores de milho, farelo de soja, por que não exportar ração?", disse.
As informações são da Agência Estado e do Mapa.
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