"Existe uma estimativa de que, para produzir a safra brasileira, seria necessário algo ao redor desses valores. No entanto, apesar das diferenças que existem entre oferta e demanda, conseguimos um valor substancial para essa safra e que tem atendido ao setor", disse Wilson Vaz de Araújo, diretor do Departamento de Economia Agrícola do ministério, durante o seminário Financiamento ao Agronegócio, realizado na quinta-feira (30/07) em Brasília pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE).
De acordo com Araújo, há sinais de que a demanda por investimentos não será tão grande nesta safra quanto em ciclos anteriores. Ele disse que os produtores não querem se comprometer com operações de investimento com as taxas atuais, maiores que de outros períodos, entendendo que no futuro o custo desses recursos pode ser reduzido e, em função disso, o melhor é esperar para fazer investimentos.
Para o técnico do ministério, o crédito diferenciado, com taxas subsidiadas, ainda cumpre papel importante de financiamento da agricultura. "A gente pode chegar a ter condições de operar a taxas de mercado quando tivermos alcançado período razoavelmente longo de taxas de juros de um dígito", observou.
Araújo argumentou, porém, que o período é sensível em função de dificuldades econômicas pelas quais o país passa e que isso pode exigir mais mudanças. "Nós temos de estar sempre nessa linha e agora os desafios que temos são mais fortes e sensíveis", observou.
As informações são do Estadão Conteúdo.
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