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Marcelo B. Molento comenta sobre "super verminose"

postado em 01/02/2010

1 comentário
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O professor de doenças parasitárias da Universidade Federal do Paraná, Marcelo Beltrão Molento, de Curitiba, Paraná, enviou um comentário ao artigo "Super verminose" - aprenda o que fazer no caso de resistência de vermífugos". Abaixo leia a carta na íntegra.

"Prezado Thales,

É sempre instigante discutir este assunto com tantas pessoas interessadas e com tanta experiência no campo, lugares, pastagens e climas distintos. A infecção por Haemonchus contortus é a principal, porém não é a única. Gosto da arte da epidemiologia, manejo e neste assunto creio que alguns pontos aqui valem a pena ser discutidos.

- Mudança de pasto após o tratamento: embora seja uma prática muito difundida, não pode ser mais utilizada pois o processo de seleção aumenta muito.

- Recomendação de esquema de tratamento, com intervalo marcado e indicação de produto: isto já foi feito na Austrália e na NZ e causou um estrago danado pois os vermes já experimentaram deste amargo veneno e não sumiram.

- Esperar para que exista reversão (Eduardo, UFSM e Cecília, IZ): Isto nunca poderá ocorrer, somente com a entrada de novos genes, isto é, com a compra de animais com vermes sensíveis. Caso isto não ocorra, sente numa cadeira bem confortável e espere uns 500 mil anos até que a coisa mude.

- Método de controle seletivo: aqui você poderá redizir a quase zero o processo de resistência. Entretanto, não experimente nada que já não tenha sido provado e publicado.

- Soltar os animais após secar o orvalho: esqueça, os vermes estarão esperando o animal o dia todo... na verdade o grande segredo seria manter a pastagem alta.

- Quimicamente falando, temos um superverme em todas as propriedades: muito bem abordado e talvez um dos maiores erros é a entrada de animais com vermes resistentes. Veja o caso de São Paulo, um estado com um rebanho recente e que apresenta um índice de resistência imenso. No Paraná, um caos. Em Santa Catarina, uma bomba. No Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia... meu padim!

Como disse um criador cearence, então o negócio tá feio mesmo dotô!

Este fórum deve servir para estimular a troca de experiências e a difusão de saberes. Eu sei alguma coisa, você e ele sabe também, então pé no chão e, sem falsos discursos, vamos acertando o passo.

Grande abraço."



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Comentários

francisco de assis de carvalho pires

Mirandiba - Pernambuco - Ovinos/Caprinos
postado em 28/02/2010

Gostei muito do relato e comentário feito pelo senhor. Confesso que muitas vezes chego a ficar "desorientado" com tantas informações e contradições que tenho lido.
Um diz que é bom e deve ser feito isto, e as vezes na própria revista, tem outro artigo
se contradizendo. Portanto eu acho que nem 8 e nem oitenta. Devemos ter as informações e fazermos o nosso planejamento, fazendo o que achamos compatível a nossa realidade. No tópico soltar os animais após secar o orvalho, acho muito oportuno, pois temos lido que só devemos fazer este procedimento, quanto o sol "esquentar .
Atenciosamente, Francisco Pires.

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