"Olá Dras. Maria Angela, Carina e Severino,
Faz parte de um do meus sonhos verificar os produtores demandando mais exames de OPG de seus técnicos. Então, fico feliz com a iniciativa de vocês. A Dra. Cecília sempre atenta já contribuiu.
Entretanto, muito se deve comentar sobre o uso rotineiro da OPG e seu uso como técnica para determinar a eficácia dos produtos. A OPG serve muito bem para o teste de eficácia, usando as fórmulas acima e as decisões de limiar para uso ou não-uso de um produto. Sugiro não usar um produto quando este apresente eficácia abaixo de 70%. Porquê? Porque, pode existir perda de peso, sinais clínicos e grande mortalida, nesta ordem.
Hoje temos rebanhos inteiros sendo transportados por este Brasil e São Paulo tem recebido ovinos de todos os lados. Isto talvez seja o motivo de termos encontrado tanta resistência em todas as propriedades, assim como o que foi determinado no Paraná já em 2004.
Para reforçar o seu artigo, sugiro que nós técnicos sejamos prudentes na hora de indicar um produto e que isto seja feito após um teste de eficácia. Minha opinião pode ser meio dura, só que meu objetivo é que os animais recebam nossa atenção, mesmo que seja necessário gastar R$ 50,00 do produtor e que o médico veterinário compre um microscópio.
O levamisole pode ser usada em dose dupla e a possibilidade de usar produtos de bovinos de forma oral, não deve ser incentivada, embora isto seja uma prática comum. Vários produtos podem não fazer efeito e ainda mais se forem usados em caprinos. O produtor na verdade está jogando seu dinheiro fora, os animais estão sendo tratados com algo tóxico e os parasitas estão recebendo uma dose que não faz de estrago.
Uma opção é usar o contato com os representantes das indústrias, fazendo com que estes saibam que a indústria deve desenvolver um similar para pequenos ruminantes. Vocês adaptam quando o assunto é boa nutrição ou boa genética?
Grande abraço.
Marcelo"
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Mário Cardoso de Albuquerque Neto
Natal - Rio Grande do Norte - Consultoria/extensão rural
postado em 22/03/2010
Sábias e de grande sensatez as palavras do prof. Molento, concorco com a tentativa de massificação da adoção do OPG como rotina, mas alerto também quanto aos maus hábitos dos produtores e até técnicos desatualizados com os quais nos deparamos todos os dias.
O exame parasitológico deve ser mais uma ferramenta no processo de controle integrado das parasitoses que envolve inúmeras ações de manejo em prol de um bem maior.
No estado do Rio Grande do Norte, graças ao árduo trabalho de difusão, já conseguimos avanços consideráveis com a implantação da rotina das avaliações com o método Famacha e as demais ações de manejo preventivo contra as parasitoses.
Um abraço a todos
Mário Cardoso