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Marcelo Molento comenta sobre resistência parasitária

postado em 06/08/2010

1 comentário
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O professor de doenças parasitárias da UFPR, Marcelo Beltrão Molento, de Curitiba, Paraná, enviou um comentário à enquete "Você usa OPG e/ou Famacha para controlar a verminose?". Abaixo leia a carta na íntegra.

"Olá,

Boa ideia esta discussão. Vale usar todas as ferramentas para tentar controlar os parasitas e uma delas é abrir a cabeça dos produtores para o problema da resistência. Um ponto que deve ficar claro é que se o método Famacha é "parcialmente ineficiente" é bom, pois ele obviamente será "parcialmente eficiente" e olha que não conheço um só método que prometa 100% de eficiência. As drogas tentaram...

Outro assunto que merece esclarecimento é que jamais seremos capazes de selecionar animais resistentes com zero de OPG e se não tivermos animais tolerantes, nunca sairemos desta sinuca. Eles são fundamentais no dia-a-dia de toda as fazendas. São os sensíveis que devem sair o quanto antes.

Então, quem faz OPG nunca deve fazer média e decidir tratar o rebanho pela média e sim iniciar um programa de descarte para aquela categoria de OPG's altos.
Pergunta: Quanto altos? Acima de mil, 2 mil, 3 mil, 10 mil... Resposta: tá no olho! Este é o momento de associar as duas ferramentas!

Se um animal tem OPG de 2 mil e está bem, ele não sai do grupo e se um outro tem 1 mil e apresenta anemia ou papeira ele entra na lista. Ponto, já estamos ganhando do verme. Somando ainda que se nós quisermos tratar menos os animais, o fato de permitir que um animal tenha OPG positivo, ai sim teremos como dizer que nós estamos freiando a resistência, pois de outra forma será impossível seu controle.

Caso o tema seja novo para alguns, eu estou falando da população de vermes em refugia e que deve manter um histórico sensível aos produtos. Quanto a discussão central: Famacha x OPG, ótima mesmo e parabenizo quem está tentando fazer o melhor pela saúde dos seus animais. Vamos lá que a lenha só começou a queimar. Grande abraço. Marcelo"

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Comentários

Ivan Saul

São José dos Pinhais - Paraná - Produção de ovinos
postado em 08/08/2010

Parabéns ao Prof. Molento pela lucidez com que abordou o tema. Não uso nenhum dos dois métodos, porém, concordo plenamente quanto ao "olho". Não se CRIAM ovelhas sem o "feeling" que nos permite saber como vai nosso rebanho, como um todo. Meus cordeiros já levam em torno de um mês de nascidos e peso médio de 15Kg, todavia, salvo pelas borregas de reposição, não entrou vermífugo no rebanho este ano (Graças à Deus!!!). Saudações aos colegas "ovelheiros" de plantão!

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