"Prezados,
Li atentamente os comentários dos parceiros que escreveram anteriormente. É muito difícil relacionar apenas 3 pontos, mas vamos tentar.
Para o negócio tomar uma forma profissional, o "dono" do criação tem que aprender a criar, e não apenas mandar o funcionário fazer algum curso. Só com a mão na massa, as coisas funcionam. Não adianta dizer que a ovelha é frágil, que a verminose é o grande vilão, etc, se o "dono" vai ver os animais a cada 15 dias quando vai passear pela fazenda. Ovinocultor tem que viver dentro do seu negócio, ou o "dono" vai ser sempre aquele funcionário especialista em tudo. É uma fato incontestável que temos nas mãos a pecuária que mais cresce no Brasil, mas sendo criador de final de semana, não adianta.
Falam muito na comercialização clandestina ou na carne importada como sendo grandes concorrentes. Minha gente! O atravessador que chega na sua porteira e leva uma carreta de cordeiros para algum destino desconhecido, no caso do Rio de Janeiro, é fundamental, visto que são eles que mantém o mercado de escala ativo. Se os frigoríficos deixarem de ser gulosos e pagarem melhor, então é possível que este tipo de comprador vá desaparecendo aos poucos. Quanto à carne importada, devemos agradecer sempre aos irmãos uruguaios, pois graças a eles, nossa iguaria se tornou conhecida e popular.
Mencionaram também a questão de incentivos fiscais... Pelo amor de Deus! Amigos, não adianta pedir algum tipo de benção para reduzir impostos relativos ao nosso produto. Partindo do princípio que somos todos produtores rurais, e vivemos exclusivamente das nossas terras, temos que batalhar por incentivos de crédito das instituições financeiras, custos interessantes das indústrias de sementes, adubos, medicamentos, rações, etc. Impostos, e muitos, sempre iremos pagar. Esqueceram que vivemos no Brasil?
Amigos ovelheiros, resumindo um pouco, na minha opinião os 3 grandes desafios são pequenas mudanças de postura:
1) Descer do pedestal de fazendeiro e cuidar do seu animal com suas próprias mãos. Nada melhor do que o perfume da sua ovelha no seu macacão no final do dia.
2) Se preocupar em produzir seu cordeiro da melhor, mais econômica, rápida e lucrativa forma, e não se quem vai comprar é o mega frigorífico ou o atravessador.
3) Parar de chorar imaginando o sonho do incentivo fiscal. Se não está satisfeito, mude de país.
Abraços, sucesso e um maravilhoso 2011!"
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eldar rodrigues alves
Curitiba - Paraná - governo
postado em 28/12/2010
Como falamos aqui no sul "curto e grosso" Parabens !