"Prezado Alcino Felício Santana,
A ingestão direta da cama de frango poderia trazer sim problemas de intoxicação por cobre para os ovinos, porém esse manejo alimentar é proibido por lei. No entanto, não entendemos que a adubação em pastagens tropicais com cama de frango poderia trazer estes problemas para os animais, considerando nenhum acesso dos animais a cama e alta produtividade do pasto nos sistemas empregados com manejo adequado, dentre eles o sistema de lotação rotacionada e uso de forragem solteira. Somente por estes níveis de adubação, acreditamos que esta contaminação seria mais dificultada.
Quanto à viabilidade do uso da cama de frango em relação ao adubo químico esta depende de vários fatores: distância da cama, disponibilidade de frete, composição química, disponibilidade de cama, formas de aplicação, etc. A composição química talvez seja o fator de maior relevância, portanto, antes da aquisição é interessante saber quantas criadas foram tiradas naquela cama e ainda se possível fazer uma análise química de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) para então fazer os cálculos de comparação com os adubos químicos. Dessa forma, será possível saber se o seu uso é compensatório ou não.
Vale lembrar que, a cama de frango possui um teor significativo de matéria orgânica além de outros nutrientes, que ajudarão a melhorar a estrutura físico-química do solo, os quais não estão presentes nos adubos químicos NPK, com isso a cama acaba atuando também como um condicionador de solo.
Apenas complementando a oportuna observação do Médico Veterinário Marcos Caliani, é preciso fazer sim uma comparação do custo dos nutrientes. Por exemplo, precisaríamos de 150 Kg de cama de frango com 3 % de Nitrogênio para suprir a quantidade fornecida por 1 Kg de uréia (45 % N), diante disso, é só converter ao custo de cada material aplicado na pastagem, mas não esquecer das outras características que a cama possui (P, K, micronutrientes e matéria orgânica).
Abraços, Marcos e Marco."
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