Daniel Strombom, matemático da Universidade sueca de Uppsala, analisou junto com seus colegas estes dados para estabelecer o algoritmo (série de operações que permitem resolver um problema) que rege as decisões e as ações do cão pastor. Para sua grande surpresa, um simples modelo permite fazer uma tarefa aparentemente muito complexa. Resume-se em duas regras: juntar as ovelhas quando se dispersam e empurrá-las para frente quando voltam a se reunir. "Tivemos que imaginar o que o cão via para desenvolver nosso modelo. A grosso modo, ele vê coisas brancas amontoadas na frente dele. Se vê espaços entre as ovelhas ou estes espaços aumentam, o cão tem que uni-las", explica Andrew King em um comunicado. "Se observarmos um cão pastor em ação, o cão vai e vem atrás do rebanho, exatamente da mesma forma que nosso modelo faz", assegura.
Os matemáticos da equipe testaram outros modelos, mas as simulações foram muito menos conclusivas. "Os outros modelos não parecem capazes de cuidar de rebanhos de grande porte; quando a quantidade de indivíduos supera os cinquenta, é preciso agregar pastores ou cães", destaca Daniel Strombom. Esta descoberta, publicada nesta quarta-feira (27) na revista britânica Journal of the Royal Society Interface, poderia ter múltiplas aplicações, no campo da robótica, por exemplo, segundo os cientistas. O algoritmo do cão pastor poderia servir para manter distantes os animais em regiões perigosas, mas também para o manejo de multidões ou a limpeza do meio ambiente, estimou Andrew King.
As informações são do portal Exame, adaptadas pela Equipe Nossa Matilha.
maylon rodrigues
Igarapé - Minas Gerais - Estudante
postado em 29/08/2014
isso e muito boom assim cachorros tabem podem ter seus rebanhos