Mendes Ribeiro tem 56 anos e está em seu quinto mandato de deputado federal. Formado em direito, Mendes Ribeiro Filho começou a carreira política em 1974, como militante do MDB. Foi deputado estadual nas legislaturas de 1986 a 1990 e de 1991 a 1994. Antes de ser indicado para o Ministério da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho era líder do governo no Congresso. Na Câmara.
Além de líder, integrava a Comissão de Constituição e Justiça e de Redação e das comissões que tratam da Reforma da Previdência e da Reforma Tributária, além de integrar a Comissão de Reforma do Poder Judiciário.
Em seu estado natal, presidiu o diretório do PMDB de Porto Alegre, de 2000 a 2003. E, em 2004, concorreu à Prefeitura de Porto Alegre. Entre 2007 e 2008 foi coordenador da bancada federal gaúcha.
"Estamos confiantes que o novo ministro da Agricultura fará um bom trabalho. Ele sempre defendeu a agropecuária do Rio Grande do Sul e agora fará o mesmo pelo Brasil", disse a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora Kátia Abreu. Segundo ela, a CNA dará todo o apoio necessário para que o ministro implante as políticas públicas que o setor precisa, "especialmente a nova política agrícola para o País, que estamos elaborando com o Governo desde 2008".
Para a senadora Kátia Abreu, o novo ministro está ligado à agricultura pela vocação do seu Estado, o Rio Grande do Sul, um dos mais importantes pólos de produção do agronegócio brasileiro. Segundo ela, a sua afinidade com a Presidente Dilma Rousseff fortalece a posição de Mendes Ribeiro no comando da pasta.
A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro) considerou positiva a escolha do deputado federal Mendes Ribeiro (PMDB-RS) para o Ministério da Agricultura. Rui Polidoro, presidente da FecoAgro, disse que, além de "conterrâneo", Ribeiro é conhecido das instituições gaúchas, tendo ocupado as secretarias de Justiça, Obras e Casa Civil no Estado.
"Ele tem larga experiência administrativa", declarou. Quanto ao fato de que essa experiência não se estende à agricultura, Polidoro disse que este não é um problema já que a equipe técnica do ministério está mantida, com nomes como o de Gerardo Fontelles na secretaria executiva e de José Carlos Vaz, na secretaria de Política Agrícola.
Para Polidoro, o agronegócio tem nas câmaras setoriais o espaço para apresentar e debater as principais questões que envolvem a atividade. "As 31 câmaras são uma inovação da gestão de Roberto Rodrigues e seguramente ele vai manter", disse Polidoro. O dirigente afirmou ainda que o setor produtivo do Rio Grande do Sul tinha com Wagner Rossi um "bom relacionamento". "Agora vai fluir com mais naturalidade", acrescentou.
Lobby
O novo ministro Mendes Ribeiro (PMDB-RS) afirmou que o lobby é uma "questão legítima, que todo mundo faz". Ele é autor de um projeto de lei que permite aos lobistas circularem livremente pelo Congresso.
O projeto de regulamentação do lobby é de fevereiro deste ano e ainda não foi apreciado. Ele prevê que representantes de empresas privadas tenham direito a crachá, com acesso livre às dependências da Câmara. Mendes Ribeiro disse à Folha que fez o projeto aconselhado pelo vice-presidente da República Michel Temer, quando presidia a Câmara.
Um dos motivos que levaram à demissão do ex-ministro Wagner Rossi da Agricultura foi o livre acesso de um lobista às dependências da pasta, além de suspeitas de pagamento de propina e irregularidades em licitações.
Com pouca experiência na área agrícola e rural, Mendes Ribeiro afirmou que pretende "aprender muito" com ex-ministros da Agricultura, inclusive com seu antecessor. Disse que sua prioridade será "ouvir, ouvir e ouvir". Em sua primeira entrevista após ter sido confirmado no cargo, ele fez vários elogios a Rossi e disse que irá procurá-lo nos próximos dias.
Irregularidades
"Tenho muito que aprender. Quero aprender com ele [Rossi]", disse, contando que também deve se encontrar com outros ex-ministros da Agricultura.
O novo ministro disse ainda que as investigações na pasta e na Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) cabem aos órgãos apropriados para investigação. "Faxina? Eu vou tratar é da Agricultura", disse ele.
As informações são da Mapa, Agência Brasil, CNA, Agência Estado e Folha de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
Louis Pascal de Geer
Barretos - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 19/08/2011
A proximidade do novo ministro Mendes Ribeiro com a presidenta Dilma pode dar inicio á um periodo de grande importancia para a agropecuaria no Brasil que somente pode otimizar a sua performance quando tem um clima de transparencia e estabilidade no governo.