As orientações estão previstas na Instrução Normativa nº 41 de outubro de 2009, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que prevê a eliminação de ruminantes que tiveram acesso a alimentos proibidos.
Os ciclos de palestras já foram realizados em Unaí e João Pinheiro, Pará de Minas e Viçosa. Os dois primeiros municípios possuem uma pecuária expressiva, com um uso histórico da cama de aviário na alimentação de ruminantes. A cama utilizada nessa região é produzida na própria região ou vem de regiões vizinhas. Já a região de Pará de Minas e Viçosa possuem grande concentração de granjas de aves, com consequente produção de cama de aviário.
No mês de julho, será realizado em Divinópolis, mais um ciclo de palestras para divulgar a IN 41 aos produtores locais.
Um dos motivos da proibição é o risco que o uso da cama de frango traz para a sanidade do rebanho nacional. Dentre as doenças que podem ser veiculadas estão o botulismo e a encefalopatia espongiforme bovina (EEB), popularmente conhecida como doença da "vaca louca".
De acordo com coordenadora do Programa de Vigilância das Encefalopatias do IMA, Daniela Bernardes, as palestras servem para orientar os produtores rurais quanto à Instrução Normativa, fiscalização e punição, no caso da comprovação da utilização de alimentos compostos por subprodutos de origem animal que são proibidos na alimentação de bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos.
"Animais sadios contraem a doença pela ingestão de alimentos que contêm proteína e gordura de origem animal, como farinhas de ossos, de carnes, cama de frango, entre outros, produzidas com carcaças e vísceras de animais infectados. Por isso, proibiu-se a alimentação de ruminantes com produtos que contenham proteína e gordura de origem animal, incluindo a cama de aviário e dejetos de suínos", informa Daniela.
O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto ressalta a importância da divulgação da IN 41 em todas as regiões do estado, principalmente nas regiões que possuem grande concentração de granjas de aves. "É primordial realizar esses trabalhos de conscientização e prevenção, para evitar que os animais tenham acesso a produtos que possam causar riscos e promover a entrada desta doença em Minas", completa. Rodrigues Neto destacou ainda, que as ações preventivas visam, principalmente, a manutenção do reconhecimento que Minas conquistou pela seriedade dos trabalhos desempenhados na área da saúde animal.
O IMA e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) são responsáveis pela fiscalização dos alimentos consumidos por bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos nos estabelecimentos de criação e pela destinação dos animais que ingerirem alimentos compostos por subprodutos de origem animal proibidos.
A reportagem é Instituto Mineiro de Agropecuária, resumida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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