Segundo o secretário municipal de meio ambiente, agricultura e abastecimento, Júlio Avelar, um dos principais objetivos do projeto é agregar o pequeno produtor rural. "A criação de caprinos é uma opção, principalmente para quem não tem grandes propriedades, e o lançamento deste projeto é o prenúncio de grandes realizações nesta área do agronegócio", disse, destacando o suporte técnico que será dado pela Prefeitura aos interessados pelo manejo da nova cultura.
Os participantes puderam conhecer experiências, o mercado e as exigências legais para os produtos de origem caprina, em especial o leite. A médica veterinária Paula Maria Pires do Nascimento, da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apresentou números e informações que permitiram aos participantes conhecer a criação de caprinos na região sudeste e em Minas Gerais. É no Estado mineiro que está concentrada a maior bacia leiteira de caprinos do Sudeste, destacando-se as regiões da Zona da Mata e Sul de Minas. Em 2001, Minas Gerais produziu 160 mil litros de leite de cabra. E, em 2010, a produção chegou a 250 mil litros, sendo que 32% deste total foram produzidos no sul de Minas.
O segundo palestrante, o também médico veterinário Paulo José Gertner, trouxe no currículo vasta experiência no manejo de rebanhos caprinos. Ele destacou a raça Anglo-Nubiana para os investimentos na região. Considerada de dupla aptidão, ou seja, voltada para a produção de leite e para a produção de carne, ele comparou a raça Anglo-Nubiana à raça bovina Guzerá. "A cabra Anglo-Nubiana presta-se muito bem para o manejo de pasto de pequenos e médios produtores, além de permitir uma gama de cruzamentos e atender com o leite e a carne como produtos".
Fiscal Agropecuário do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e médico veterinário, Waldomiro Jardim de Oliveira explorou as condições técnicas necessárias e legais para assegurar a qualidade do leite que, atualmente, absorve boa parte do mercado de produtos caprinos.
Diversificação e renda
Entre os participantes, entidades como a Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce (Cooperiodoce) e o Sindicato Rural de Governador Valadares tiveram representantes. Para o diretor-presidente da Cooperiodoce, Guilherme Olinto Rezende, "o evento foi de extrema importância por apresentar, com o projeto, uma nova oportunidade para o agricultor. Tudo o que traz diversificação de receitas é interessante para o meio rural." Presidente do Sindicato Rural de Governador Valadares, Afonso Luis Bretas também concorda. "Sempre fui partidário da diversificação e a iniciativa é boa porque um dos objetivos é garantir renda para o agricultor."
As informações são da Prefeitura de Governador Valadares, resumidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.
Envie seu comentário: