Desde quarta-feira, quando o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) cortou em mais de 46 milhões de toneladas sua projeção para a colheita americana, os preços da commodity registraram alta superior a 12% no mercado interno, até então indiferente às pressões altistas vindas de fora. Só em julho, as cotações acumulam alta de 19,4%, conforme o indicador Cepea/Esalq.
A perspectiva de escassez e a escalada dos preços nos EUA fizeram com que as tradings redirecionassem suas aquisições para o Brasil, que colhe a maior safra de sua história neste ano, graças à "safrinha" de inverno. Segundo Daniel D'Ávila, analista da corretora Newedge USA, estima-se que as multinacionais tenham acertado o embarque de 21 carregamentos (o equivalente a 1,26 milhão de toneladas) de milho brasileiro nas últimas duas semanas. Em todo o primeiro semestre, o país embarcou pouco mais de 1,8 milhão de toneladas, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A mudança de cenário nos EUA pode levar a uma revisão das estimativas de exportação da safra 2011/12. Em seu último relatório, o USDA elevou de 12 milhões para 14 milhões de toneladas sua projeção para os embarques brasileiros no período - um recorde. A Conab ainda prevê um embarque de 12 milhões de toneladas, ante 9,3 milhões na temporada 2010/11, mas a tendência é que esse número seja revisado para cima em agosto.
De acordo com analistas, a diferença de custo justifica a opção pelo milho brasileiro. D'Ávila observa que o prêmio pago pelo milho no Golfo do México, por onde os americanos escoam sua safra, chegou a US$ 0,70 por bushel (US$ 1,65 por saca de 60 quilos) sobre o preço praticado no mercado futuro de Chicago. Já em Paranaguá (PR), o produto é vendido com um desconto de US$ 0,35 por bushel (ou US$ 0,83 por saca) sobre o preço em Chicago.
Até quarta-feira, o milho negociado em Chicago havia subido 33%, para US$ 7,1850 por bushel (US$ 16,97 por saca), em um único mês. No mesmo período, os preços no mercado interno, convertidos em dólar, avançaram apenas 5,4%, a US$ 12,28 por saca, de acordo com o indicador Cepea/Esalq. Desde então, os preços começaram a subir com mais força no mercado interno.
Até então, o preço praticado no mercado interno estava descolado da cotação internacional devido a estimativa recorde de produção de milho no país. De acordo com a Conab, o país deve colher 69,48 milhões de toneladas neste ano. Com isso, os estoques de passagem devem mais do que dobrar, de 5,9 milhões para 13,1 milhões de toneladas.
As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
Dr. JAIRO PINTO DE CARVALHO
Salvador - Bahia - APRECIADOR DE LEITES E SEUS DERIVADOS.
postado em 18/07/2012
Salvador-Bahia,18.07.2012-4ª feira.
Ao FarmPoint
Prezados Senhores:
Muito interessante, a notícia de que o Brasil vai exportar milho aos U.S.A., PRINCIPALMENTE, APÓS ALARDEAREM NOS JORNAIS TELEVISIVOS, QUE A SAFRA DESTE ANO, SERIA BAIXÍSSIMA EM VIRTUDE DE ESTIAGENS PROVOCADAS PELO CLIMA E ETC...Agora, vamos exportar ?! " Durma-se com um barulho destes" !
É, COMO COMENTEI NOUTRO DIA, SOBRE NÃO EXISTIR ENTRESSAFRA NO BRASIL EM RAZÃO DA SUA LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA, AÍ ESTÁ UMA COMPROVAÇÃO DO QUE DISSE.
NÓS SOMOS PERTENCENTES À UMA SOCIEDADE QUE PRIMA POR ENGANAR A TODOS, NO INTUITO DE SEMPRE AUMENTAR O PREÇO DE TUDO O QUE NOS CERCA, COM AS MAIS ESTAPAFÚRDIAS JUSTIFICATIVAS !
POR ESTES DIAS, AUMENTARAM O PREÇO DO LEITE E ETC...UMA VERDADEIRA ESCORCHA, UM ABSURDO !
Grato pela atenção.
Jairo