Apesar das ações emergenciais, o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Marcelo Melo, disse que toda a quantidade enviada pelo governo ao Nordeste “não é suficiente” para solucionar o problema. Para ele, é necessário investimento em programas para produção de capim, palma e cana, para ajudar na composição da alimentação dos animais.
“Tudo que mandar não é suficiente, porque o milho não pode ser o único componente da ração do ruminante. Não podemos ter a ilusão que vamos alimentar todo o rebanho com milho”, disse. Melo ressalta ainda que o governo tem dificuldade no envio do produto, devido à capacidade de armazenagem na região ser muito pequena. Segundo o diretor da Conab, radiografia da região detectou a necessidade de construção de armazéns para que o governo possa manter estoques. A estimativa é que cada unidade com capacidade para 100 mil toneladas custe cerca de R$ 45 milhões.
Enquanto os armazéns não passam de projetos, o estoque de milho enviado pelo governo, ao custo de R$ 18 reais a saca para o pequeno pecuarista, ajuda a sobrevivência do rebanho. Segundo o pequeno produtor Luís Gonzaga da Silva, o preço na região chega a R$ 54 reais. “É uma grande ajuda, porque faltam oito meses para começar o período de chuvas de novo”, comenta.
Segundo o diretor da Conab, a quantidade limitada de até 6 toneladas por agricultor visa beneficiar mais agricultores e os de menor porte. “Usamos o critério do bom senso. Temos que dividir o que temos para atender o maior número possível de beneficiários”, justifica.
As informações são da Agência Brasil, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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