A alta dos grãos vem mobilizando os setores mais afetados. Representantes da indústria de carnes dos Estados Unidos estão pedindo que o governo suspenda temporariamente a obrigação de se misturar etanol à gasolina, como pede a política energética nacional. Como o etanol no país é feito principalmente de milho, a alta do grão tende a elevar não só o custo de produção do biocombustível como também o das carnes.
Como consequência dos preços altos internacionalmente e a quebra de produção da soja no Brasil os preços praticados internamente continuam altos. Esta semana, no Estado de Goiás o preço médio pago sojicultor foi R$ 67,48/60kg, no Mato Grosso R$ 66,75/60kg e nos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul, R$ 69,14/60kg e R$ 64,46/60kg, respectivamente.
Diferentemente da quebra de produção nos Estados Unidos, o milho brasileiro apresenta situação completamente atípica. O Brasil atingirá seu maior volume plantado da história e os preços voltam a registrar altas, justamente no momento da colheita da 2ª safra. O mercado interno voltou a se aquecer, os compradores tentam fechar novos negócios. Muitos, porém, com prazo de pagamento e entrega futura devido à deficiência logística. Mesmo assim a paridade de exportação, mesmo com deságio, está permitindo preços acima de R$ 20,00 no Mato Grosso, R$ 29,00 no Paraná e R$ 30,00 no Rio Grande do Sul. Evidentemente, que este cenário preocupa os produtores, pois com a soja também em alta, os custos da ração se tornam muito elevados.
A matéria é da Equipe AgriPoint, com informações do O Estado de S.Paulo e da Conab.
Pedro Jorge Forte Batista
Fortaleza - Ceará - Produção de gado de corte
postado em 31/07/2012
Excelente informação, pois estamos numa região mais carente deste produto e dependendo das variações de preço e oferta complica nosso planejamento...