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Ministério e BNDES firmam parceria de olho no longo prazo

postado em 25/10/2011

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Agricultura firmaram um acordo para desenvolver estudos conjuntos de uma política agrícola de longo prazo. O objetivo, apurou o Valor, é "construir" indicadores estatísticos de confiança e uma amplo banco de dados econométricos para o planejamento da produção agropecuária. Esse será o embrião do redesenho planejado pelo governo para as diretrizes de uma nova política agrícola.

O acordo do banco estatal com o governo, acertado na semana passada, prevê foco inicial nos dados de produção da cadeia produtiva da cana-de-açúcar e da pecuária, dois segmentos que têm gerado forte insegurança ao controle da inflação e ao abastecimento interno. O BNDES deve, inclusive, bancar a contratação de uma consultoria para "esquadrinhar" esses segmentos. O Ministério da Fazenda e o Banco do Brasil também vão participar desse esforço.

A proposta foi costurada pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Os detalhes foram acertados pessoalmente por Coutinho e sua equipe na segunda-feira passada.

A forte oscilação nos preços do etanol e a marcada sazonalidade na oferta de carne de gado levaram o governo a reforçar sua prioridade aos dados nesses dois segmentos. As cotações do etanol, mesmo no auge da safra de cana, continuam a pressionar os índices de inflação. E os preços do boi gordo, sustentados pela entressafra e questões climáticas adversas, mantêm a pressão sobre o bolso do consumidor.

De olho nessa curva, haverá um amplo levantamento de dados históricos e a contratação de novos estudos para tornar as projeções de produção, as análises prospectivas e as estatísticas oficiais "mais confiáveis e refinadas". As avaliações devem incluir informações mais precisas sobre projeções de renda e rentabilidade da produção. Isso ocorrerá nas cadeias da cana e da pecuária, mas deve ser estendido a outros segmentos com forte peso nos índices de inflação, sobretudo alimentos básicos.

Em linha com a política oficial de conferir estabilidade e garantia de oferta de cana e boi gordo no mercado interno, o acordo buscará definir níveis seguros de produção para atender à demanda, interna e externa. O trabalho detalhará as necessidades de financiamento e dimensionará o tamanho da participação do governo nessas operações de crédito.

A cooperação estatal prevê a realização de estudos e exercícios sobre fluxo de produção, estoques, demanda futura (interna e externa), projeção de cenários, exportação, comercialização, geração de renda, endividamento setorial e estimativas de preços futuros com base em critérios e fundamentos do mercado internacional.

O trabalho deve desembocar na sugestão de ações cíclicas para potencializar a bonança derivada de cenários favoráveis de preço e produção, mas também conterá eventuais políticas anticíclicas para momentos emergenciais. O governo tem esboçado uma nova política agrícola baseada na ampliação da oferta de seguro rural, proteção de preços em mercados futuros ("hedge") e linhas de crédito específica e adaptada a cada segmento da agropecuária.

As informações são do jornal Valor Econômico, adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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Comentários

José Oton Prata de Castro

Divino das Laranjeiras - Minas Gerais - Produção de ovinos de corte
postado em 27/10/2011

Quantas mil parcerias, convenios e outras mazelas precisaraão ser firmadas para que sejam realmente efetivadas ações concretas para este país realmente assumir o posto que lhe está reservado no contexto mundial. A atividade primária está sofrendo todo tipo de pressão por quem não entende nada de coisa alguma. Desde que me entendo por gente que assisto essa demagogia em cima da Agropecuária. Relembro o ditador e depois presidente Getúlio Vargas com esta mesma retórica. José Oton Prata de Castro 76, Presidente da ACCOLM - Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos do Leste Mineiro.

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