A metodologia possibilita descrever com precisão os níveis de musculosidade e acabamento de carcaças, para verificar o potencial genético dos animais. O equipamento avalia a área de olho de lombo do animal, que está relacionada com os tipos de cortes da carne; a gordura de acabamento, que é responsável pela proteção da carcaça na garantia da maciez e a gordura entremeada ou marmoreio, que determina a suculência e o sabor da carne.
"A ultra-sonografia foi bastante aplicada na criação de suínos, principalmente quando o mercado consumidor disse não ao porco tipo banha. Assim, as empresas começaram a usar o ultra-som para buscar os melhores reprodutores, pois uma das grandes responsáveis pelas características da carne é a genética do animal", explica Liliane Suguisawa, doutora da Designer Genes Technologies Brasil, em Campo Grande.
Ela explica que este melhoramento genético permitiu que, nos dias atuais, se produza o suíno light, com o mínimo possível de gordura. "A avaliação evita a perda de tempo em usar um reprodutor que não tenha as características de carcaça que o mercado precisa, além de evitar manter em sistema de confinamento e arraçoamento um animal que não possui genética para atender aquele dado sistema de produção".
Segundo Suguisawa, não há dificuldade em utilizar o ultra-som, mas o produtor precisa ter um sistema de produção organizado para que os ganhos sejam mais representativos. "Para o aumento da produtividade, a propriedade tem que ter bom manejo e boa nutrição, de modo que podemos aconselhar a melhor genética para este dado sistema de produção".
No Estado, o ultra-som foi primeiramente usado pelo Programa de Melhoramento Genético de Bovinos de Corte da Embrapa. Com a profissionalização da cadeia da ovinocultura sul-mato-grossense, foi absorvida pelo projeto Aprisco, do Sebrae-MS.
O Aprisco atende 60 produtores rurais nas cidades de Anaurilândia, Santa Rita, Ponta Porã, Dourados e Maracaju, que somam rebanho de 6 mil ovinos.
As informações são do Sebrae MS.
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