As perdas potenciais atingem principalmente os Estados da Bahia, Pernambuco e São Paulo, mas envolvem, ao todo 15 unidades da federação. O cálculo considera as invasões realizadas até o dia 23 de abril, conforme informações reunidas pelo "Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo" da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Os prejuízos gerados apenas no "Abril Vermelho" não se limitam a perdas no faturamento da atividade agropecuária. Há prejuízos ao longo de toda a economia. A perda potencial na arrecadação de impostos estaduais e federais é estimada em R$ 27 milhões, caso o Direito de Propriedade não seja respeitado e as invasões, mantidas. Também colocam em risco a geração de emprego no campo. Nada menos que 980 postos de trabalho poderão ser eliminados, caso as terras permaneçam invadidas.
Até agora, a CNA apurou 83 invasões de terras promovidas pelo MST durante o "abril vermelho". Foram ajuizados 12 pedidos de reintegração de posse, sendo que seis deles foram deferidos e, até a última sexta-feira (23), nenhuma liminar foi cumprida. Os números fazem parte do novo boletim informativo da campanha "Vamos tirar o Brasil do vermelho - invasão é crime", lançado pela CNA. O boletim vai consolidar dados de todo o Brasil relativos às invasões de propriedades rurais promovidas pelo MST.
O "Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo" foi instalado em fevereiro, para monitorar ameaças ao Direito de Propriedade e de violência aos produtores rurais. Os dados coletados serão disponibilizados para toda a sociedade, para auxiliar no cumprimento das leis e na promoção da paz no campo.
As informações são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), adaptadas pela Equipe AgriPoint.
Luciano Andrade Gouveia Vilela
Araguatins - Tocantins - Produção de gado de corte
postado em 26/04/2010
Por Que as liminares não são cumpridas, aquem recorrer ...