"Temos lacunas para preencher nessa cadeia produtiva e nosso compromisso assumido foi justamente reunir todo o segmento, fomentar o debate, reunir as dificuldade e propor soluções viáveis ao desenvolvimento da ovinocaprinocultura em Mato Grosso", expôs o secretário de Estado e Desenvolvimento Rural, Neldo Egon, ao acompanhar a reunião de criação da Câmara Técnica.
O secretário destacou ainda que o principal foco dessa cultura no Estado é diminuir o custo ao consumidor final. "Hoje o consumidor encontra a carne de cordeiro, por exemplo, a um preço de 18,00 ou 20,00 reais o quilo, em contrapartida, o produtor repassa isso a R$ 2,70. Há uma necessidade muito grande de discutir esses gargalos e é justamente esse o propósito de criação dessa câmara técnica", explicou o chefe da pasta.
Para o superintendente de Programas Especiais da Seder/MT, Paulo Bilego, o segmento precisa discutir mais do que simplesmente o abate dos animais e sim a sanidade e nutrição animal, a qualidade da carne e dos produtos derivados (como o leite de cabra), oferecidos à população. "Assim que a portaria for publicada já agendaremos nossa primeira reunião que deve acontecer em dezembro. Nesse primeiro encontro já conseguimos reunir produtores, técnicos, representantes de fábricas de rações, supermercadistas, enfim, todos aqueles que direta ou indiretamente participam da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura mato-grossense. Isso demonstra o interesse que o setor tem em fomentar a cadeia como um todo", disse.
Já o coordenador da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura do MT Regional, Paulo de Tarso, destacou a importância da câmara técnica como fórum de debate. "Para estabelecermos a cadeia no Estado e superar as 1.100 milhão de cabeças é necessário que o setor de una e se fortaleça. Em 2007 houve uma queda no número de ovinos e caprinos, resultado basicamente do desânimo dos produtores que assistiam o consumo em Mato Grosso de animais de outros estados e até outros países. Porém, a Seder, Empaer, Sebrae MT Regional e parceiros detectaram as reais necessidades que convergiram para um ponto: a criação da câmara técnica como forma de organizar o setor e fomentar a cadeia. Esse é o primeiro passo e um mecanismo realmente capaz de ouvir o segmento e promover o desenvolvimento da ovinocaprinocultura em todo o Estado", ressaltou.
Estiveram presentes na reunião preparatória, que aconteceu nessa terça-feira (25) representantes da Seder, Indea, Empaer, MT Regional, Sebrae, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Sicredi, Crea/MT, além do setor empresarial, Capriforte, Ovinomat, Capril Estrela e Caprileite.
As informações são da SECOM (Secretaria de Estado de Comunicação Social).
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