Segundo o presidente da comissão, Antônio Carlos Carvalho de Souza, nenhuma atividade se expandiu tanto nos últimos anos como a ovinocultura. Há 10 anos, por exemplo, Mato Grosso contava com um rebanho de aproximadamente 100 mil ovinos e pouco mais de 10 mil caprinos. "Hoje já são mais de um milhão de animais. Criar carneiros e ovelhas é a grande coqueluche do momento e dá mais resultado", garante.
O bom desempenho da ovinocultura mato-grossense, entretanto, esbarra na falta de frigoríficos para fazer o abate dos animais na região. Atualmente, Mato Grosso conta com apenas três plantas industriais com inspeção estadual e municipal para o abate de ovinos, localizadas em Porto Estrela, Rondonópolis e Alta Floresta. As três possuem capacidade para abater até mil animais por dia. Além dessas plantas, outras três, em Pontes e Lacerda, Terra Nova e Campo Verde estão em construção.
Mato Grosso consome atualmente cerca de 130 mil animais por ano, porém 60% deste volume é comprado de outras regiões e até mesmo importado de países como Nova Zelândia, Austrália, Argentina, Paraguai e Uruguai. "Com a expansão da atividade e o interesse cada vez mais crescente dos produtores pela ovinocaprinocultura, esperamos alcançar a nossa autossuficiência até 2015", prevê Antônio Carlos. Ele acredita que até lá os produtores poderão dispor de estrutura necessária para absorver esta produção e processá-la na própria região.
O consumo de carne de ovinos per capita é de 800 gramas/ano. Para 2015, a estimativa é chegar a quatro quilos per capita/ano. Segundo Antônio Carlos, as perspectivas da ovinocultura no Mato Grosso são excelentes, mas é preciso estar atento também a necessidade de agregar valores à matéria-prima.
As informações são do Diário de Cuiabá, resumidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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