"Vivemos uma carência imensa de capital humano. Ao longo dos anos, vários problemas foram aflorando no meio rural como diminuição da margem de lucro, fracionamento das propriedades (situação observada quando a propriedade é dividida para os herdeiros ficando pouca área para cada um, inviabilizando algumas atividades), investimento maciço de empresas em reflorestamento comprando as áreas de terras dos pequenos e médios produtores, falta de investimento concreto na extensão rural eficiente que levasse soluções aos agricultores (principalmente jovens), enfim, poderíamos ficar aqui enumerando várias questões que hoje favorecem o "sumiço"da mão de obra no campo.
Não vamos nem falar em mão de obra qualificada, pois não há mão de obra, nem que você queira treiná-la. Muitos produtores tem a sua exploração limitada devido o fator de capital humano, sendo que não podem aproveitar ao máximo o potencial de suas propriedades em decorrência da falta de pessoas para trabalhar.
Repito, vivemos um colapso de capital humano. Acho que está na hora das empresas, principalmente as que trabalham em extensão rural, seja ela pública ou privada, refletirem melhor sobre as suas ações e conduzirem os seus extensionistas a fazer um trabalho de resultados. Políticas públicas existem aos montes, mas, de que adianta o agricultor tomar dinheiro e aplicar bem ou mal na propriedade se ele acaba não tendo pernas depois para sustentar o negócio por falta desta mão de obra?
Que se amplie este debate e se apontem soluções para serem colocadas em prática para reverter este quadro crônico presente no meio rural".
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