Um processo de monitoramento da biodiversidade agropecuária no mundo foi iniciado por grupos de pesquisas da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations). A iniciativa visa conservar a diversidade presente nos animais e manter a flexibilidade para atender eventuais mudanças de demanda do mercado e adaptações às mudanças climáticas e doenças.
A Embrapa Meio Norte juntamente com a Embrapa Caprinos realiza pesquisa que destaca as potencialidades dos recursos genéticos representados pelos caprinos do Nordeste.
Através da análise de DNA, com a utilização de marcadores de microssatélites, é possível caracterizar geneticamente os diversos grupos de caprinos e conhecer a diversidade genética guardada nos núcleos de conservação de algumas unidades de pesquisa da Embrapa.
Foram analisadas amostras de animas de cada grupo: Marota, Azul, Moxotó e Canindé de rebanhos de conservação da Embrapa, localizados no Piauí e no Ceará. Os resultados confirmaram uma diferenciação genética entre os grupos genéticos estudados. Diferenças visíveis na pelagem, tamanho, orelha, entre outros, estão acompanhadas de diferenciações moleculares.
A pesquisa espera iniciar um trabalho de seleção desses grupos genéticos locais em risco de desaparecimento, visando aumentar a produtividade dos animais em um nível que não prejudique a convivência dos caprinos na caatinga, respeitando a singularidade sócio-ambiental rural do semi-árido.
As informações são da Embrapa adaptadas pelo site Leite&Negócios.
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