O presidente da Federated Farmers Meat and Fibre Producers, Keith Kelly, disse que se realmente estiverem ocorrendo os cortes nos preços na União Européia (UE) que vêm sendo divulgados, o mercado dos EUA pode se tornar mais lucrativo por oferecer um preço mais real. Ele disse que os exportadores neozelandeses estão de olho no mercado dos EUA e querem aumentar sua participação neste mercado, em parte devido à presença de muitos competidores no comércio da UE.
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No entanto, neste ano o mercado norte-americano tem sido difícil para a carne de cordeiro devido à seca da Austrália, que tem forçado o abate precoce dos animais e aumentado a oferta de produtos. Os cordeiros da Austrália que chegam aos EUA, por esta razão, são mais leves do que os da Nova Zelândia.
O ex-presidente do Meat & Wool New Zealand (MWNZ), Jeff Grant, disse que a Austrália está conseguindo resistir bem à seca, conseguindo pagar preços razoáveis a seus produtores. No entanto, a questão é se haverá oferta em dois ou três anos. A produção de carne de cordeiro da Austrália deverá crescer somente de 400 mil toneladas em 2007 para 430 mil toneladas em 2011, e todo esse ganho é baseado em aumentos na produtividade.
Grant disse que não está claro como progredirá a proporção de produção de carne bovina para carne de cordeiro na Austrália. Em sua opinião, dada a atual demanda por carne bovina, o balanço deverá tender mais em favor da carne bovina que da de cordeiro. Se isso ocorrer, o aumento na produção poderá ser ainda menor.
Já nos EUA, o Departamento de Agricultura (USDA) espera que a produção de carne ovina cairá este ano em 1,6%, para 82,553 mil toneladas e as importações deverão aumentar 2,1%. Grande parte dos cordeiros dos EUA é alimentada com grãos, de forma que a Nova Zelândia oferece um produto com uma textura completamente diferente aos consumidores.
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