Quando criados a pasto, a diferença nas emissões entre o rebanho com baixa produção de metano e o de alta produção foi de cerca de 20%. A diferença variou dependendo do que os ovinos comeram, mas sempre esteve presente. "Pela primeira vez, abrimos a possibilidade de criar animais com menores emissões de gases de efeito estufa", disse o pesquisador que encabeça o estudo no Agresearch, Harry Clark.
Os pesquisadores criaram dois rebanhos retirando ovinos de um rebanho maior, um de cada vez, e colocando os animais em uma câmara de respiração fechada. Os animais foram alimentados com uma variedade de alimentos enquanto os cientistas mediram o metano que eles produziam. Aparentemente, independentemente do que comeram, alguns ovinos pareciam geneticamente programados para expelir menos gases. Os animais foram, então, separados em dois rebanhos - um de alta produção e outro de baixa produção de metano.
O rebanho com baixa produção de metano produziu 8% menos o gás do que o outro rebanho quando foi alimentado com silagem e outros alimentos desidratados.
O trabalho foi pago pelo Pastoral Greenhouse Gas Research Consortium - uma aliança entre o Governo da Nova Zelândia, cientistas e indústria agrícola. O consórcio tem cerca de oito ovinos em cada rebanho até agora e o gerente, Mark Aspin, disse que os testes serão repetidos para encontrar mais animais para cada rebanho.
Embora ainda seja cedo para dizer isso, os pesquisadores esperam que a criação de animais que produzem menos metano reduza a emissão desse gás, que é responsável por cerca de um terço das emissões de gases de efeito estufa da Nova Zelândia. Aspin disse que a meta é criar um programa de cria para cortar o metano sem comprometer a produção.
Bovinos e ovinos são geneticamente similares, de forma que os testes em ovinos ajudarão a entender os bovinos. Aspin disse que são necessários mais testes para avaliar se os ovinos que produzem menos gases não têm falhas genéticas no que diz respeito à produção de leite, lã e carne e se eles passam esse perfil de emissão para seus descendentes.
"A situação ideal é que encontremos uma alta produção de leite ou carne, alta taxa de fertilidade e baixa emissão de metano no mesmo animal", disse ele. Aspin disse que se o programa de cria der certo, os pesquisadores precisarão encontrar uma forma mais barata e rápida de testar a produção de metano do que a colocação de cada animal em uma câmara de respiração. Isso será parte de pesquisas futuras.
O consórcio tem a meta de cortar as emissões de gases de efeito estufa por unidade de leite, carne ou lã em 10% com relação aos níveis de 2004 até 2013. Os financiadores do programa são Fonterra, Meat & Wool New Zealand, AgResearch e a Foundation for Research Science and Technology, do Governo neozelandês.
A reportagem é do NZHerald.co.nz, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
Daniel Sampaio Colen
Governador Valadares - Minas Gerais - Instituições governamentais
postado em 25/09/2009
Essa notícia é muito boa para o meio ambiente, visto que os ruminantes são grandes contribuidores para a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa. Esperamos evolução nessa pesquisa, e o meio ambiente agradeçe.