O número de cordeiros pode cair em 3,5%, para 30,3 milhões no ano que começará em setembro, o menor nível desde 1958, segundo previsões feitas pelo Meat & Wool New Zealand Ltd. A quantidade de cordeiros abatidos para exportação pode declinar em 10%, para 22,8 milhões, o menor nível dos últimos cinco anos, à medida que os produtores estão segurando seus animais para refazer o estoque.
Os produtores neozelandeses, os maiores exportadores do mundo de produtos de cordeiro e lácteos, abateram os estoques e pararam a produção de leite no primeiro trimestre à medida que o clima seco e quente em grande parte do país cortou as ofertas de alimentos animais. A seca reduzirá a produção rural do país em 1% e o crescimento econômico em cerca de 0,5% neste ano.
A Europa e o Reino Unido compram metade da produção de cordeiro da Nova Zelândia, com a América do Norte e o Norte da Ásia sendo os próximos maiores mercados com cerca de 12% cada.
O corte na oferta de alimentos animais, após anos de preços fracos para a carne ovina e a alta do dólar neozelandês, está acelerando a conversão de fazendas de produção ovina em produção leiteira. A PPCS Ltd., maior processadora de carnes do país, anunciou nesta semana o fechamento de sua planta Oringi, em Hawke's Bay, citando uma queda prevista de 500 mil no número de ovinos em North Island.
A seca reduzirá a produção de cordeiros da Nova Zelândia para 31,4 milhões de animais neste ano, 7,6% a menos do que no ano anterior e 1 milhão a menos do que o Meat & Wool tinha previsto em fevereiro.
Essa revisão e um aumento no número de cordeiros abatidos para exportação para 25,5 milhões reflete o clima seco desde então e uma recuperação menor do que a esperada da seca em Hawke's Bay no começo do ano.
As taxas de fertilidade ovinas estão baixas, enquanto a persistente força do dólar neozelandês tem reduzido as receitas agrícolas e prejudicado a confiança dos consumidores.
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