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O que devemos esperar da COP 16?

postado em 29/11/2010

1 comentário
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Hoje (29/11) começou em Cancún, no México a COP 16 - 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática. Nesta reunião, autoridades do mundo inteiro terão a difícil tarefa de discutir a segunda fase do Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, no Japão. A negociação poderá obrigar os países desenvolvidos a reduzir ainda mais as emissões de gases do efeito estufa.

Segundo notícia do jornal O Estado de S. Paulo, ninguém espera que saia de Cancún, durante a Conferência do Clima da ONU (a COP-16), um tratado global com as metas obrigatórias para os países cortarem suas emissões dos gases que provocam o aquecimento global. A crise econômica que atinge a Europa e a falta de uma lei nacional de mudanças climáticas nos Estados Unidos são um grave entrave para as negociações. "As condições internacionais não se tornaram mais favoráveis a um acordo. Nada leva a crer que nós temos condições de concretizar o que não foi possível em Copenhague", disse o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado.

O grande problema é que o prazo do Protocolo de Kyoto está prestes a expirar e não há nenhum acordo que obrigue as nações a reduzirem suas emissões depois de 2012. As esperanças para que esse acordo virasse realidade estavam depositadas na COP 15, em dezembro de 2009 em Copenhague, mas as negociações fracassaram nas últimas horas de conferência.

O otimismo está direcionado ao programa de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+). Trata-se de um mecanismo para legitimar a redução de emissões de um país reconhecendo o reflorestamento e o combate contra o desmatamento. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 20% de toda a emissão de gases do efeito estufa estão relacionados ao desmatamento de florestas. O REDD+ cria uma oportunidade para os países em desenvolvimento atingirem as metas de redução sem comprometer o crescimento industrial. Esse cenário favorece, por exemplo, a China, que apesar de ser um dos maiores poluidores, ainda está em processo de industrialização e não é obrigada a reduzir as emissões.

Contudo, as nações em desenvolvimento devem assumir mais responsabilidades durante a COP 16 com a ajuda de mecanismos de comprometimento, como o REDD+ e fundos de financiamento. Isentos da primeira fase do Protocolo de Kyoto, esses países podem entrar na segunda fase assumindo metas de redução voluntárias maiores que os países mais ricos. É o caso do Brasil, que já estabeleceu uma meta de redução de 39% das emissões até 2016, quatro anos antes do acordo global.

Segundo o portal Terra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu cancelar sua presença na Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-16), realizada no México, por "problemas de agenda", confirmaram nesta segunda-feira fontes oficiais. Também estava previsto que a presidente eleita, Dilma Rousseff, acompanhasse Lula na viagem. No entanto, ela também não irá à Conferência para se dedicar às negociações de seu futuro Gabinete político.

Pouco otimista em relação aos possíveis efeitos da 16ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-16), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou nesta terça-feira (16) um documento em que manifesta sua preocupação com a possibilidade das negociações entre os países produzirem um resultado "muito aquém do necessário para a preservação das condições da vida no planeta".

No posicionamento institucional elaborado pelo Comitê de Mudança Climática da entidade, a Fiesp lembra os "avanços pouco expressivos alcançados em Copenhague" (COP-15), na Dinamarca, em 2009, e diz que não houve qualquer melhoria no processo de discussão de novos acordos que serão discutidos no encontro que começou hoje, em Cancún, no México.

Segundo o diretor titular do Departamento de Infraestrutura e Energia da entidade, Carlos Cavalcanti, embora os já evidentes sinais de mudança climática alertem para a extrema gravidade do problema e para a urgência de medidas contra o aquecimento global, o tema tem sido tratado com "muito cinismo" pela comunidade internacional.

"Os assuntos, infelizmente, são tratados com muito cinismo porque por trás de retóricas nem sempre verdadeiras se escondem interesses comerciais pesados", disse. "Nosso engajamento como indústria não é para defender interesses econômicos, mas sim para, em primeiro lugar, demonstrar a seriedade do problema da mudança do clima, que é sério e irá impactar não apenas nossa vida como empresários, mas a de todos os cidadãos", completou.

O que o agronegócio brasileiro deve esperar desta reunião, que acontece no México? Na sua opinião o Governo, entidades de classe e o setor produtivo em geral estão dando a devida importância a esse assunto?

As informações são da revista Veja, jornal o Estado de S.Paulo, DCI e portal Terra, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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Comentários

GILMAR OCCHI

Canarana - Mato Grosso - Food service
postado em 01/12/2010

a base de tudo é a legislação em vigor de cada país a respeito do
assunto então vejamos:cada país legisla da forma que mais lhe convem, a exemplo o brasil logicamente que nós olharemos a condição de produção que atualmente uma das nossas maiores forças comerciais, basta para isso olhar o peso de nossas exportações de alimentos no PIB e considerando que tudo é ambiente e cultura entende-se que para mudarmos alguma coisa aqui teriamos que mudar nossa cultura de produção, industrias de alimentos etc. e isso acontece em cada país envolvido que em tese assinaram tal acordo mundial, baseado nisso acredito que cada governo vai protelar para seu próprio interesse e isso com toda certeza dificulta em muito qualquer acordo internacional sobre o assunto, quanto ao agronegócio brasileiro à uma cituação bastante positiva pois poucos países ou praticamente mais nem um outro tem as condições basicas de produções semelhante as nossas
principalmente se olharmos a questão do espaço territorial, clima tropical e o mais interessante a cultura de produção bastante caracterizado no meio em questão
Portanto o Brasil deve saber explorar essa cituação logicamente com responsabilidades ambientais, mas todos sabemos que se não produzir aqui alguem passa fome no lado de lá

GILMAR OCCHI- MBA EM LOGISTICA EMPRESARIAL

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