De acordo com a associação que reúne as transportadoras do país, o aumento no preço do diesel deverá elevar em 2,16 por cento o custo do frete de produtos agrícolas no Brasil, em um momento em que o setor já se prepara para enfrentar gastos elevados com transporte rodoviário para escoar uma safra recorde de grãos.
A NTC&Logística, associação que reúne as mais importantes empresas de transporte do Brasil, calcula que o diesel tenha peso de 40 por cento nos custos do frete agropecuário, que em grande parte é feito em caminhões de porte pesado, os chamados "bitrens", percorrendo longas distâncias.
Para o transporte rodoviário em geral no país, a entidade prevê aumento de 1,52 por cento no frete, uma vez que na média da frota brasileira de caminhões o diesel representa 30 por cento dos custos operacionais. A entidade destacou que o setor agrícola pode se preparar para uma safra com transporte rodoviário que pode ser até 50 por cento mais caro, em determinados momentos, acrescentando-se outros fatores ao aumento do diesel, incluindo a lei que restringe a jornada dos caminhoneiros.
Na bomba, o litro do óleo diesel comum subiu 6%, passou de R$ 2,33 para R$ 2,47, em média, na região de Rondonópolis, sul do Mato Grosso. De acordo com a Associação dos Transportadores de Cargas do Mato Grosso (ATC), o óleo diesel representa em torno de 50%, do custo do frete, o que equivale dizer que de cada R$ 100 que uma transportadora recebe pelo frete, R$ 50 fica só para o pagamento do consumo do óleo diesel. Deve ser lembrado ainda que em Mato Grosso, o combustível é mais caro porque a alíquota de ICMS, imposto sobre circulação de mercadorias e serviços, é de 17%, enquanto que em outros estados produtores como São Paulo, Paraná e Goiás, é de 12%. A Associação dos Transportadores de Carga de Mato Grosso estima que, no estado, o valor do frete tenha sofrido um aumento de 3%.
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Equipe FarmPoint
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