Ele avalia que a imposição de medidas disciplinares por meio de restrições no comércio, buscando garantir os mercados internacionais, pode amortecer a demanda e os choques de oferta em alguns países individualmente. "Os mercados agrícolas sempre foram voláteis, mas, se os governos atuarem juntos, oscilações extremas de preço podem ser mitigadas e os consumidores e produtores vulneráveis serão mais bem protegidos", comentou em comunicado.
Gurría também avisou sobre a necessidade de melhorar os sistemas de informação pública com dados de produção e dos níveis de estoques. "Os mercados de commodities precisam funcionar melhor e de forma mais transparente", disse. O secretário-geral também alertou os países a investirem mais em agricultura, de modo que impulsionem a produção de alimentos para atender as necessidades resultantes do crescimento da população.
Preocupações com a importância da segurança alimentar têm ganhado destaque depois que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) registrou níveis de preço recorde para os alimentos, em dezembro. As cotações estão acima do patamar observado na crise alimentar de 2007/08.
A recente alta dos preços de alimentos causou uma onda de protestos em países norte-africanos que dependem muito das importações. Também colocou em alerta as equipes de governo, por causa da pressão inflacionária tanto em países desenvolvidos quanto em emergentes.
A matéria é de Filipe Domingues, publicada na Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
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