“O principal motor no setor de lã internacionalmente é a China. Nesse país, não se percebe, pelo menos agora, que aumentará o consumo interno. Diante da baixa nas compras da Europa, colocou-se como alvo o mercado local chinês”, disse o presidente da Associação de Exportadores e Lavadores de Lã, Ricardo Seizer.
No entanto, o operador, Gonzalo Barriola, disse que “a Austrália está vendendo as lãs finas mais baratas que as uruguaias por questões cambiárias. Se aumenta o dólar, como se espera, as matérias-primas deverão cair ou não subir sua cotação e, entre elas, a lã”. “A Europa não está se recuperando economicamente como se esperava há tempos atrás, de forma que não deverá aumentar sensivelmente sua demanda, já que são muito conservadores e demoram para tomar decisões”, frisou Barriola.
Por sua vez, o presidente da União de Rematadores e Consignatários de Lãs do Uruguai, Ricardo Stewart, disse que a sensação é que, em médio prazo, deverão manter-se os atuais valores da lã. “Além de algo circunstancial e momentâneo, não vejo uma alta importante nos preços da lã”.
A nível local, o mercado laneiro está quase sem operações, já que a diferença de valores entre o que pretendem os produtores e o que estão dispostos a pagar os compradores é muito importante. Nas lãs Corriedale, dependendo da espessura, enquanto a indústria oferece entre US$ 3,20 e US$ 3,25, os vendedores, por sua vez, querem US$ 3,30 a US$ 3,50.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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