Diversos sistemas de acasalamento podem ser empregados e na escolha daquele que melhor convém, devem ser analisados o número de fêmeas no rebanho e os objetivos da criação. O método a ser empregado deve reunir vantagens como simplicidade, concentração das atividades em um curto espaço de tempo, dar bons resultados econômicos e permitir o aproveitamento máximo do reprodutor.
Os principais sistemas de acasalamentos utilizados hoje são a monta natural, a monta controlada e a inseminação artificial.
A monta natural é o método mais utilizado hoje, pois exige um menor padrão técnico. Nesse regime de acasalamento, os machos permanecem junto ao rebanho de fêmeas durante toda a estação de monta, eliminando o trabalho diário de identificação dos animais em cio e a condução destes ao curral, para inseminação. As principais desvantagens são o desconhecimento da paternidade das crias, o que impossibilita a comparação do desempenho reprodutivo e produtivo dos diferentes reprodutores e o desgaste destes devido ao número repetido de cobrições. No entanto, em rebanhos comerciais, essas desvantagens são compensadas pela economia de mão de obra.
A monta natural controlada e a inseminação artificial são sistemas mais produtivos e seguros em uma criação por permitir o controle zootécnico e reprodutivo do rebanho além da implantação de programas de sincronização de cio com melhor eficiência, porém, exige mão de obra e em alguns casos, maiores investimentos.
A monta controlada consiste em deixar o reprodutor separado das matrizes durante o dia, deixando-os com as fêmeas no cio durante a noite. As matrizes devem ser separadas em lotes que contenham um rufião vasectomizado. Este rufião terá sua maça do peito tingida com uma mistura de pó xadrez e óleo. Ao final do dia, quando as matrizes retornam ao curral para dormirem, um funcionário fará a inspeção dos animais, procurando as fêmeas marcadas com a tinta do rufião e que consequentemente estão no cio, aceitando a monta. Estas fêmeas terão seus números de identificação anotados e serão levadas ao reprodutor, para passarem a noite com ele. O reprodutor, por sua vez , também deverá ter sua maçã de peito tingida, porém com uma cor diferente da usada no rufião. Ao amanhecer, as fêmeas que tiverem a marca da tinta do reprodutor, deverão ter seus números de identificação anotados e separadas num lote, para posterior confirmação da prenhez.
A procura pela inseminação artificial vem aumentando gradativamente. Diversas entidades de pesquisa vêm trabalhando na capacitação de mão de obra especializada para essa técnica. Uma das grandes limitações à sua expansão está relacionada com os custos envolvidos na implantação do processo. No entanto, convém lembrar que esta tecnologia proporciona ao produtor a oportunidade de melhorar o desempenho produtivo do seu rebanho, mediante a utilização do sêmen de reprodutores de alto potencial genético.
E você produtor de ovinos e/ou caprinos? Qual sistema de acasalamento você utiliza na sua propriedade? Deixe seu comentário no box abaixo:
Equipe FarmPoint
Henrico Dinapolli
Santa Maria - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos
postado em 01/09/2010
Oi, bom dia. Na minha fazenda eu uso monta controlada, pois é um sistema prático e mais confiável do que a monta natural. Já tentei experimentar a inseminação artificial, mas, é tudo muito minuncioso e acabei desistindo.