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Para amenizar falta de crédito, governo libera R$ 5 bi

postado em 02/10/2008

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Para tentar amenizar a escassez de linhas de financiamento externas para o setor agrícola, o governo decidiu antecipar a liberação de R$ 5 bilhões que o Banco do Brasil previa usar somente no Plano de Safra do ano que vem.

A medida emergencial, anunciada ontem pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), é uma alternativa ao aumento, neste momento, na parcela dos depósitos à vista que os bancos captam dos clientes e são obrigados a direcionar para agricultura, a chamada "exigibilidade", para irrigar o setor.

O principal alvo da liberação do dinheiro são os grandes produtores de grãos, já que são eles os mais afetados pela falta de crédito no atual período de plantio. Para plantar, os agricultores contam basicamente com três fontes de recursos: capital próprio, dinheiro que o governo anuncia para os financiamentos dentro dos planos de safra e os empréstimos de tradings e de fornecedores.

Os financiamentos das tradings e de fornecedores respondem por cerca de 30% do dinheiro necessário para o plantio da safra, que custa R$ 120 bilhões, segundo o diretor de agronegócio do Banco do Brasil, José Carlos Vaz. "O capital próprio representa outros 30%, e o Plano de Safra, 40%."

Como a disponibilidade de crédito externo caiu, os produtores que usavam essas fontes de recursos aumentaram a demanda por empréstimos no BB. Para atender esses agricultores, o banco, no entanto, precisava aumentar os R$ 11 bilhões estimados em abril, quando fez sua previsão de financiamentos para esta safra.

No ano que vem, quando espera-se que a situação esteja mais calma, o governo decidirá como recompor os recursos para o plano de safra do BB. Uma alternativa para cobrir os R$ 5 bilhões antecipados neste ano é aumentar a parcela dos depósitos à vista direcionados para o crédito agrícola que atualmente está em 25%. Mas isso implica redução da parte desses recursos que os bancos são obrigados a recolher ao BC, o chamado depósito compulsório. A redução do compulsório agora chegou a ser cogitada no governo, mas a antecipação dos R$ 5 bilhões foi avaliada como "saída melhor".

Para o presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho, o anúncio da antecipação de R$ 5 bilhões em recursos para a agricultura é uma medida positiva, pois significa que o governo está preocupado com o setor e com a safra brasileira. Ele afirma ainda que a antecipação dos recursos não deve tirar os efeitos da crise financeira internacional, pois há problemas de custos elevados para a produção agrícola. Ramalho destaca que "vai faltar crédito. Não tem dúvida".

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto diz, por outro lado, que situação do Brasil é mais confortável que a de outros países

"Ninguém sabe o dia de amanhã. Acabou o crédito geral, já está atrapalhando vendas", comentou Camargo Neto. O presidente da Abipecs ressaltou, porém, que, no Brasil, a situação é um pouco mais fácil que em outros países, pois a rede bancária, em geral, está fortalecida e sempre é possível imaginar alguma ação de governo para garantir os financiamentos. "A gente sempre pode imaginar que o BNDES apareça, que o governo tire o compulsório, tem o Banco do Brasil. Em geral os bancos estão muito firmes, a rede bancária brasileira está fora dessa confusão, não tem subprime aqui".

"Vai piorar, mas outros países vão piorar mais. O Brasil tem condições de se levantar mais rápido primeiro porque estamos com a casa em ordem, segundo porque nossa pauta é de alimentos. Lógico que, na recessão diminui a demanda, mas diminui menos que bens supérfluos", completa Pedro de Camargo Neto.

As informações são da Folha de S.Paulo e do Canal Rural, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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